Uma eleiçao informal, que reuniu neste domingo 822 moradores dos bairros localizados além da balsa da travessia Joao Basso, que liga o centro de Riacho Grande ao bairro Tatetos e ao Núcleo Santa Cruz, em Sao Bernardo, mostrou a preferência dos votantes em alterar o sistema de transporte coletivo. Há três meses, foi implementada a baldeaçao - os passageiros descem do ônibus na balsa, fazem a travessia e utilizam outro ônibus em seguida -, mas, a maioria (61% - 502 pessoas), acredita ser melhor que o coletivo faça a travessia, trajeto adotado anteriormente.

O presidente da ETC-SBC (Empresa de Transporte Coletivo de Sao Bernardo), concessionária das linhas, Odilon Soares de Oliveira, afirmou que realizará um plebiscito oficial, que contará com representantes da SubPrefeitura, associaçoes de bairro, líderes comunitários e das empresas concessionária e permissionária do transporte local.

A eleiçao foi organizada pelas SABs (Sociedades Amigos de Bairro) de três regioes - Núcleo Santa Cruz, Tatetos e Itaquá. "Nos unimos pelo mesmo objetivo, para acabar de uma vez com a dúvida de que as pessoas estavam ou nao gostando da baldeaçao", disse a presidente da SAB Santa Cruz, Fátima Gomes Freire, 36 anos. O resultado do "plebiscito" foi entregue à SBC-Trans, empresa que opera as linhas.

O gestor da SBC-Trans, Nelson Donizeti Ribeiro, disse que, depois que foi implementada a baldeaçao, o sistema ficou melhor, pois a circulaçao de passageiros pelos bairros situados depois da balsa passou a ser gratuita. "Quem se desloca daquele lado nao precisa mais pagar pela passagem. Quando os moradores atravessam a balsa, podem utilizar diversas linhas que os levam a vários pontos da cidade, como Centro, Ferrazópolis, Paço Municipal, Rudge Ramos e Baeta Neves, pagando somente uma passagem."

O presidente da ETC-SBC disse que ainda estao previstas uma série de melhorias para incrementar o sistema de baldeaçao. "Vamos aumentar o abrigo localizado depois da balsa para os passageiros e também pretendemos colocar mais ônibus para operar, diminuindo o tempo de espera", afirmou.

Quanto a um segundo plebiscito, que será oficial e tem o objetivo de 'medir' a vontade da populaçao local, Odilon disse que vai marcá-lo rapidamente. "Essa votaçao, embora tenha sido um exercício da democracia, nao tem credibilidade, pois nao existe uma fiscalizaçao, mesmo por parte das diversas lideranças comunitárias contrárias na própria regiao. Com essa nova proposta, realmente iremos verificar qual a vontade da populaçao e acatá-la".