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Obra parada na Vila Alzira interdita rua há 2 meses
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
01/10/2011 | 07:30
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Tiago Silva/DGABC


Moradores da Vila Alzira, em Santo André, enfrentam há dois meses transtornos causados por uma obra de drenagem urbana. O serviço, realizado pelo Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André, na Rua Sargento Cid, é próximo à Avenida Firestone.

Além da interdição da rua, que impede a circulação de carros, moradores citam também problemas de saúde por conta do excesso de poeira, principalmente em dias secos e de forte calor. Inflamações na garganta, crises acentuadas de rinite e até pneumonia acometem a população, especialmente idosos e crianças.

Caminhão-pipa da Prefeitura passa pelo local para molhar a rua na tentativa de abaixar o pó, que invade as casas. No entanto, o serviço não é realizado aos fins de semana. O buraco feito entre as duas calçadas está aberto e nenhum homem trabalha na obra até que a produção de ralos seja providenciada pela autarquia.

Os moradores não são contra a intervenção, mas cobram responsabilidade e organização. "Se não tinha material para concluir a obra, por que abriram o buraco e deixaram aí?", questionou a dona de casa Luzia Marvina Carvalho, 61 anos, que mora em frente à obra.

Katia Martins, 34, diz que sua filha, 4, teve pneumonia duas vezes desde o início da obra. "Ela não consegue sarar, e minhas crise de rinite são constantes. Não temos mais saúde."

Uma das maiores prejudicadas com as obras é a dona de casa Hermínia Moreira, 88. Ela mora sozinha, diz sofrer com falta de ar e tem dificuldade para falar. "Estou perdendo a voz. Ainda tenho de lavar o quintal duas vezes por dia por causa do pó", reclamou. Além dos danos à saúde, quem trabalha na região também pode contar os prejuízos. "Perdi muitos clientes. Não tem onde parar os carros", disse Samara Cristina, 31, proprietária de uma corretora de seguros. Seus filhos, de 1 e 4 anos, que ficam no local durante o dia, fazem inalação diariamente, segundo ela.

O Semasa informou que o prazo para aquisição da peça que falta para dar continuidade à obra é de 30 dias úteis.




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