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Revolução da internet móvel chega com aparelhos de bolso
Da AFP
09/01/2007 | 17:39
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Aparelhos eletrônicos com mais e melhores serviços permitem levar a internet no bolso e anunciam uma revolução comparável ao advento da rede mundial de computadores há dez anos, asseguram especialistas reunidos no Salão de Eletrônica para o Consumidor, em Las Vegas (oeste).

No maior encontro mundial do setor, os fabricantes competem oferecendo supertelefones com telas táteis, conexão na internet e, inclusive, câmeras e sistemas de localização GPS, capazes de fazer tudo o que faz um computador de escritório, e ainda mais.

Ao mesmo tempo, o conteúdo disponível na rede é ainda maior. Todos os grandes grupos de internet, como Yahoo, Google e MSN da Microsoft, e também os sites de intercâmbio, como MySpace e YouTube, estão se adaptando aos celulares.

A inovação deve seduzir muitos consumidores: apenas 10% dos usuários têm acesso à internet móvel atualmente.

O telefone celular serve para acessar o conteúdo dos meios de comunicação, para fazer pagamentos bancários via internet e para receber publicidade. Duas empresas, a MediaFlo e a Samsung, já anunciaram no Salão de Las Vegas sistemas de difusão de televisão por telefone ou leitores de vídeo portáteis.

Ao apresentar nesta segunda-feira novos modelos de celulares, os presidentes da Nokia e da Motorola falaram de uma revolução em curso.

"A mobilidade mudará completamente a internet", disse Olli-Pekka Kallasvuo, o presidente da Nokia, líder mundial de telefonia celular. Seu colega da Motorola, a número dois do setor, concorda. "Isto é apenas o início, mas agora tudo chega muito rapidamente", explicou Ed Zander. Na segunda-feira, o Yahoo passou para a ofensiva ao lançar um portal e um site de busca concebido para a internet móvel.

Seus rivais se preparam para uma nova guerra neste âmbito: o Google acaba de lançar o Google Móvel, uma versão para celulares de seus serviços. A Microsoft apresentou no final de novembro o Live Search for Mobile, especialmente destinado a telefones celulares.

Todo o setor de alta tecnologia e de entretenimento sonha com o mercado potencialmente imenso de uma segunda internet. Com 90 milhões de unidades, os "telefones inteligentes" representaram aproximadamente 10% dos quase um bilhão de celulares vendidos em 2006. O setor de entretenimento por celular (pornografia, jogos de azar, videogames, música e televisão) passaria de 17 milhões de dólares para 47 milhões em 2009 e 77 milhões em 2011, segundo a Jupiter Research. Falta ainda levar ao consumidor o celular multifunção, especialmente nos Estados Unidos, onde, ao contrário da Europa e da Ásia, o uso de telefone celular restringe-se à voz, destacou Carmi Levy, analista da Info-Tech.

Segundo a consultora Telephia, no terceiro trimestre de 2006 apenas 3,8% dos americanos compradores de celulares haviam escolhido um celular inteligente, contra 8,8% dos europeus ocidentais.

Mas, inclusive na Europa, ainda são raros os consumidores que navegam pela internet em seu celular, indica um estudo da Forrester publicado em dezembro: 54% não o fazem nunca e 27% não têm essa função em seu celular.




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