A campanha de imunização contra a febre amarela começa oficialmente amanhã nas sete cidades, no entanto, em São Bernardo, funcionários públicos da Saúde e da GCM (Guarda Civil Municipal) do município serão vacinados hoje. A ação, que integra o comitê de prevenção e combate à doença, foi anunciada na tarde de ontem pelo prefeito Orlando Morando (PSDB).

Para que a cidade atinja a meta de vacinar 707,4 mil pessoas até 17 de fevereiro, o correspondente a 88,4% da população total, não estão descartadas campanhas nas escolas. Outra medida prevista durante o período, conforme Morando, é o reforço do policiamento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para evitar tumultos, tendo em vista a alta procura pela vacina.

O município já recebeu 200 mil doses da vacina contra febre amarela e estão previstas, ainda, mais 400 mil até segunda-feira. Apesar de não haver casos confirmados no município, Morando afirma que a situação é grave. “Com o índice de macacos mortos na Serra da Cantareira e, após a notícia da morte de mais um macaco no Zoológico de São Paulo, diria que estamos no sinal vermelho. A doença está aqui do lado e a onda que vem por aí não é pequena”, diz. A cidade terá, nos dias 3 e 4 de fevereiro, mutirões de vacinação nas UBSs.

Outra iniciativa terá como foco a preocupação da Secretaria de Saúde a respeito dos estoques dos bancos de sangue dos hospitais. Isso porque, após a imunização, é preciso aguardar período de 30 dias para que seja feita doação de sangue. “Como pretendemos vacinar grande parte da população, surge o receio de os bancos ficarem desabastecidos. O combinado com os hospitais é que doadores recebam a vacina logo depois de doar, sem a necessidade de filas e senhas”, afirma o secretário de Saúde, Geraldo Reple.

Vale lembrar que aqueles que já tomaram a vacina alguma vez na vida não precisa se imunizar novamente. Importante ressaltar também que a imunização não é recomendada a todos. Os recém-nascidos, com idade entre zero e 9 meses, e gestantes não podem se vacinar. Nestes casos, é recomendado que as pessoas evitem viajar para áreas de risco e se previnam com o uso de repelentes.

Entre as sete cidades, não há nenhum caso confirmado da doença.

Ministério da Saúde envia1 milhão de seringas para SP

(Do Estadão Conteúdo)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que mais 1 milhão de seringas para fracionamento será encaminhado para São Paulo nos próximos dias. A medida será adotada em resposta ao aumento dos distritos de Saúde da Capital paulista incluídos na estratégia de fracionamento de vacina de febre amarela.

Com a confirmação da morte de macaco pela doença na região do Zoológico de São Paulo, na Zona Sul, quatro novos distritos foram incluídos na campanha de vacinação, que começa amanhã.

Com a expansão, a previsão é a de que mais de 2 milhões de pessoas tenham de ser imunizadas. O Ministério da Saúde espera que nesses quatro distritos 1,5 milhão de cidadãos recebam doses fracionadas e 500 mil, doses integrais.

Alckmin diz que é possível imunizar todo o Estado até o fim do semestre

(Do Estadão Conteúdo)

Após a morte de um macaco bugio por febre amarela na região Sul de São Paulo, que levou ao fechamento do Zoológico, do Zoo Safári e do Jardim Botânico ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) antecipou a meta de vacinação em todo o Estado de São Paulo para o fim do semestre. O tucano havia dito, na semana passada, que toda a população paulista estaria vacinada até o fim do ano.

Alckmin afirmou ainda que a reabertura dos parques ocorrerá dez dias após a imunização de toda a região Sul da Capital. “Poderemos terminar a vacinação em todo Estado ainda no primeiro semestre. É possível fazê-lo”, disse Alckmin durante inauguração da estação Higienópolis-Mackenzie, da Linha 4-Amarela do Metrô.

A campanha de imunização fracionada tem início amanhã nas zonas Sul e Leste da Capital, além de cidades do Interior. A meta é vacinar 9 milhões de pessoas. Até o dia 20, o governo estadual prevê ter imunizado 20 milhões.

O fechamento dos parques é preventivo – e foi realizado depois da confirmação da morte de macaco em razão da doença.