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CPTM atrasa construção de muro em Rio Grande da Serra
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
28/01/2009 | 07:00
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Prometido pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para começar a ser construído em setembro do ano passado, o muro que margeará os trilhos da linha 10-Turquesa, em Rio Grande da Serra, só deverá deixar de ser promessa em quatro meses.

A incidência de acidentes provocados pelas dificuldades de acesso à estação de Rio Grande da Serra motivou o Ministério Público a instaurar inquérito para apurar as condições de segurança da linha. O muro seria construído para evitar que os usuários façam a travessia se arriscando entre os trens.

"Existe uma cancela que funciona adequadamente, mas as pessoas não respeitam. De qualquer forma, tem de haver alguma solução. É o dever do Estado preservar a vida", diz a promotora de Justiça Sandra Reimberg que solicitou informações à CPTM e Prefeitura.

Em fevereiro de 2008, logo após a morte da dona de casa Maristela Justino de Souza Fraga, 35 anos, que foi atingida por um trem quando tentava passar pela ferrovia, a CPTM anunciou que realizaria uma série de intervenções para melhorar a oferta de segurança e acessibilidade no entorno.

Sem acesso facilitado até o ponto de parada dos trens e com pouca infraestrutura urbana, muita gente prefere usar o caminho pelos trilhos como atalho e fazer a travessia da via de maneira irregular sem se preocupar com os riscos de atropelamento.

Entre as melhorias divulgadas pela CPTM estava a construção de um muro para inibir o acesso dos usuários aos trilhos. O levantamento da parede, contudo, ainda não saiu do papel e a assinatura do contrato para execução da obra está prevista apenas para maio.

As demais intervenções, como a construção de quatro passarelas na mesma linha 10-Turquesa, a reforma da passarela interna da Estação Guapituba, em Mauá, e a colocação de uma passagem próxima à Estação Ribeirão Pires estão no cronograma para serem realizadas até novembro.

Em menos de meia hora de observação, o Diário flagrou dezenas de pessoas levantando a cancela para atravessar os trilhos ou andando livremente no espaço destinado exclusivamente ao trânsito das composições. Além da dona de casa, um estudante de 16 anos também morreu atropelado por trem em Rio Grande da Serra em 2008.

A CPTM informou que não há, em 2009, por ora, nenhum registro de atropelamento na Linha-10 Turquesa. A quantidade de acidentes no ano passado não foi informada.
(colaborou Vanessa Fajardo)




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