Política Titulo Diadema
Lauro evita recuar em mudanças do estatuto

Sem posição do prefeito, Câmara se antecipa e promete apoio a servidores

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/10/2017 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), evitou ceder à pressão do funcionalismo na tarde de ontem e se negou a informar à Câmara se enviará ou não projetos que permitem mudanças no estatuto dos servidores públicos da cidade.

Pela terceira semana consecutiva, trabalhadores da Prefeitura, sob comando do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), foram ao Legislativo exigir que o governo desista da medida.

A manifestação de ontem encerrou a paralisação de serviços não essenciais na cidade, com a decisão do funcionalismo, por meio de assembleia, de entrar em estado de greve. “Se tiver o cheiro de que algum projeto será votado, nós vamos entrar em greve”, sentenciou o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno. Segundo o dirigente, a paralisação foi aderida por 50% dos servidores. A entidade estimou que 1.000 funcionários foram ao protesto na Câmara.

A exigência por uma definição do governo, que arrasta a votação do texto desde o dia 11 por falta de votos, parte do Sindema e até de governistas, que se sentem desgastados com a pressão da categoria.

Diante da falta de posicionamento do prefeito, a Câmara se antecipou e, por unanimidade, aprovou requerimento proposto pelo oposicionista Josa Queiroz (PT) em que se comprometem a não votar projetos que envolvem esse tema sem antes avisar o Sindema.

A decisão dos parlamentares foi tomada após a suspensão da sessão, a portas fechadas e em reunião tensa. O governista Audair Leonel (PPS) foi repreendido pelos colegas por insistir no apoio ao projeto de Lauro. Também acendeu sinal de alerta para possíveis rompimentos, sobretudo de DEM e PPS.

O líder do governo, Célio Boi (PSB), admitiu que o projeto ainda está no horizonte do Paço. “Talvez, (o prefeito mande a proposta) no futuro.”, disse. 




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