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Comércio eletrônico será intenso em 2003, diz estudo
Do Diário do Grande ABC
16/02/2000 | 16:06
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O comércio eletrônico vai representar entre 10% e 25% do comércio mundial até 2003, segundo um estudo da Unctad publicado nesta quarta-feira em Bangcoc.

O estudo assinala que o comércio eletrônico vai continuar em maos dos países mais industrializados, em particular Estados Unidos, enquanto continuarem crescendo seus próprios mercados.

A Europa acabará por acompanhar os Estados Unidos, diz o texto, prevendo que o modo principal de transaçao passará a ser o serviço ao consumidor ao negócio entre empresas.

Esse relatório avalia o montante das transaçoes online em US$ 377 bilhoes neste ano, quase o dobro (US$ 717 bilhoes) no ano próximo e em US$ 1,234 trilhao em 2002.

O informe foi apresentado aos delegados da X Conferência das Naçoes Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) reunidos desde sábado em Bangcoc.

A Unctad sugere aos países em vias de desenvolvimento que modernizem a infraestrutura das telecomunicaçoes e liberalizem esse setor, se quiserem se aproveitar da expansao do comércio eletrônico. ``Para os países subdesenvolvidos, isso significa que as estratégias e as políticas comerciais devem ser modernizadas para levar em conta a mudança antecipada na paisagem comercial internacional', explica o relatório.

``Em particular, as políticas de liberalizaçao e desregulamentaçao do setor de telecomunicaçoes e do acesso à Internet devem ser consideradas como essenciais para estimular o comércio eletrônico', segundo a Unctad.

O dirigente para o comércio eletrônico da Unctad, Bruno Lanvin, precisou que Tóquio contava atualmente ``com mais telefones do que em toda Africa'.

Custaria US$ 50 bilhoes levar a Africa ao nível da telefonia do Sul da Europa, estimou Lanvin, um objetivo fora do alcance do setor público, mas ``certamente ao alcance do setor privado'.

No entanto, diz o informe, China aparece como ``um mercado já bem adaptado para o comércio eletrônico' por causa do número relativamente elevado de linhas digitais.

A Unctad adverte contudo que a crescente importância do comércio eletrônico provocará ``repercussoes negativas' em matéria de empregos, de competitividade, e de forma mais ampla ``na maneira como se cria e se distribui a riqueza no mundo'.




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