O estudo assinala que o comércio eletrônico vai continuar em maos dos países mais industrializados, em particular Estados Unidos, enquanto continuarem crescendo seus próprios mercados.
A Europa acabará por acompanhar os Estados Unidos, diz o texto, prevendo que o modo principal de transaçao passará a ser o serviço ao consumidor ao negócio entre empresas.
Esse relatório avalia o montante das transaçoes online em US$ 377 bilhoes neste ano, quase o dobro (US$ 717 bilhoes) no ano próximo e em US$ 1,234 trilhao em 2002.
O informe foi apresentado aos delegados da X Conferência das Naçoes Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) reunidos desde sábado em Bangcoc.
A Unctad sugere aos países em vias de desenvolvimento que modernizem a infraestrutura das telecomunicaçoes e liberalizem esse setor, se quiserem se aproveitar da expansao do comércio eletrônico. ``Para os países subdesenvolvidos, isso significa que as estratégias e as políticas comerciais devem ser modernizadas para levar em conta a mudança antecipada na paisagem comercial internacional', explica o relatório.
``Em particular, as políticas de liberalizaçao e desregulamentaçao do setor de telecomunicaçoes e do acesso à Internet devem ser consideradas como essenciais para estimular o comércio eletrônico', segundo a Unctad.
O dirigente para o comércio eletrônico da Unctad, Bruno Lanvin, precisou que Tóquio contava atualmente ``com mais telefones do que em toda Africa'.
Custaria US$ 50 bilhoes levar a Africa ao nível da telefonia do Sul da Europa, estimou Lanvin, um objetivo fora do alcance do setor público, mas ``certamente ao alcance do setor privado'.
No entanto, diz o informe, China aparece como ``um mercado já bem adaptado para o comércio eletrônico' por causa do número relativamente elevado de linhas digitais.
A Unctad adverte contudo que a crescente importância do comércio eletrônico provocará ``repercussoes negativas' em matéria de empregos, de competitividade, e de forma mais ampla ``na maneira como se cria e se distribui a riqueza no mundo'.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.