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Criança morre em Diadema com suspeita de meningite

Outro menino, de 3 anos, atendido na mesma creche
no bairro Campanário foi vítima da doença em junho

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
31/08/2017 | 07:00
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Arte/DGABC


Um menino de 2 anos, atendido pela Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Eva Maria dos Santos, no bairro Campanário, em Diadema, morreu na segunda-feira com suspeita de meningite.

Segundo a Prefeitura, “embora não haja confirmação laboratorial para meningite, pelos sintomas, a Secretaria de Saúde adotará conduta indicada para doença meningocócica e meningite”. O laudo deve sair entre dez e 20 dias. A família da criança não foi localizada.

Outra criança da mesma creche, de 3 anos, faleceu no dia 7 de junho e teve a causa do óbito confirmada por meningite bacteriana, o tipo mais grave. Em geral, a transmissão acontece por meio das vias respiratórias. Neste ano, em quatro cidades foram registrados 26 casos, sendo que uma pessoa morreu em Santo André, cinco em São Bernardo, uma em Diadema e três em Mauá. Os demais municípios não informaram.

Ontem, técnicos do Serviço de Epidemiologia e Controle de Doenças de Diadema foram à escola para conversar com os pais, que estão preocupados. “Tenho minha filha de 3 anos na creche e isso me preocupa muito. Ela está com febre tem três dias, levei ao médico e falaram que não tem nada”, diz a atendente Sabrina Garciana da Silva, 24. “O que aconteceu é caso de morte e isso é grave, tem que interditar essa creche”, argumenta.

A mesma opinião tem a promotora de vendas Daiane da Silva Marques, 29, mãe do pequeno Felipe Miguel, que morreu em junho. “Estamos lidando com uma doença muito perigosa. Duas mortes no mesmo lugar é uma fatalidade? Na minha opinião, não.”

A Prefeitura informou que será realizada aplicação de quimioprofilaxia (medida terapêutica para a prevenção da infecção) para as crianças da classe do menino, cuidador da turma e familiares próximos. “A bactéria não se fixa em móveis, paredes ou objetos, pois não sobrevive em ambiente. Por esse motivo, não está indicado o fechamento da escola”, afirma a administração, acrescentando que o caso ocorrido em junho não tem relação com esse, já que “a incubação da bactéria se dá, no máximo, em dez dias”.

O infectologista Hélio Vasconcellos Lopes confirma: “Não há necessidade de interditar, a não ser que a criança tivesse contato permanente com todas as outras da creche”. Ele ressalta os sintomas aos quais os pais devem ficar alertas. “Febre, dor de cabeça, o pescoço fica meio endurecido e pode acontecer de aparecerem bolinhas vermelhas de sangue por todo o corpo.” 




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