Prefeitura de Mauá negociou saída de coletivo que reivindica centro de referência feminino
Após acordo com a Prefeitura de Mauá, o Movimento de Mulheres Olga Benário desocupou, no início da noite de sábado, o imóvel de propriedade da administração municipal, na região central da cidade. O grupo estava no espaço desde o dia 20, reivindicando a construção de centro de referência que atenda mulheres vítimas de violência e em situação de vulnerabilidade. Na quinta-feira, a Justiça chegou a expedir a reintegração de posse, que foi revogada no dia seguinte, depois de intervenção da Defensoria Pública.
Aproximadamente 50 ocupantes deixaram o local sob a condição de ser criado grupo de trabalho, em conjunto com o Executivo, conforme previsto no decreto 8.318, de 26 de julho, no qual o movimento indique três representantes que já farão amanhã reunião para buscar um espaço que possa sediar o centro.
Outro ponto acordado é a realização de uma audiência entre comissão do movimento e o prefeito Atila Jacomussi (PSB), a ser realizada hoje. Até o fechamento desta edição, o horário do encontro ainda não estava confirmado.
O imóvel que foi ocupado, conhecido como Casa dos Autonomistas, é tombado pelo Condephaat-Ma (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá). Para o prédio, a Prefeitura declarou que a recuperação do espaço está em análise, com o objetivo de ser transformado em um centro de memória. “As discussões estão em andamento entre Prefeitura e Condephaat”, informou a administração, em nota.
Sobre a criação de um centro de referência para mulheres, o Executivo afirmou que “os projetos estão em estudo e envolvem mais de uma Secretaria”.
“Estamos lutando pelo centro, temos um acordo e estamos na vigia disso”, disse a integrante do movimento Victoria Magalhães, 22 anos.
O Grande ABC conta com três unidades do tipo: o Vem Maria, em Santo André; o Centro de Referência e Apoio à Mulher Márcia Dangremon, em São Bernardo; e a Casa Beth Lobo, em Diadema.
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