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Moradores lamentam extinção de área de lazer em Mauá
Renato Castroneves
Especial para o Diário
26/08/2010 | 07:20
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Jogar uma partida de malha ou bocha nos finais de semana não está mais na lista de atividades de lazer dos aposentados que moram no Jardim Zaíra, em Mauá. No local onde as disputas eram realizadas, na Avenida Guerino Stela, na altura do número 350, está sendo construído um ecoponto - área para coleta seletiva de lixo.

Localizadas no meio das duas pistas da avenida, junto com outros equipamentos de esportes e lazer, as duas quadras eram frequentadas, principalmente, por idosos.

Ontem de manhã, quatro funcionários de uma empresa contratada pela Prefeitura quebravam o piso da quadra. Segundo um deles, que não quis se identificar, a construção do ecoponto será finalizada "entre 15 e 20 dias". Procurada, a Prefeitura não respondeu sobre o assunto até o fechamento desata edição.

Inconformados, os moradores do bairro reclamaram da falta de diálogo da administração municipal. "Ninguém da Prefeitura apareceu aqui para perguntar se queríamos um lixão na porta de casa. No lugar de um espaço agradável, as crianças vão brincar ao lado do lixo", disse o aposentado Aparecido Lourenço, 60.

Ademir Pedro Ferracin, 65, afirmou que procurou a prefeitura três vezes para discutir uma solução para o problema. Depois de duas tentativas "frustradas" de resposta, ele foi atendido. "O funcionário público que me atendeu (cerca de 20 dias atrás) falou que uma equipe viria fiscalizar a obra e ouvir nossos pedidos. Estou esperando até agora".

A construção das áreas de lazer - três quadras poliesportivas, dois parquinhos de diversão mesas de xadrez e bancos de descanso - na Avenida Guerino Stela, no Jardim Zaíra 2, aconteceu no início dos anos 1980.

Um grupo de jogadores de malha, todos aposentados e com mais de 60 anos, lamentou a destruição do local onde eram realizados os torneios do bairro.

"Isso aqui (a quadra de malha) ficava cheio de gente para assistir as partidas. As nossas mulheres torciam e as crianças brincavam nos parquinhos. Era maravilha", recorda Marcílio Lehn, 79.

Jogador de malha há 30 anos, o aposentado Atílio Andreassa, 68, guarda com "carinho" os discos que eram usados nas partidas. "É uma pena que estão acabando com as quadras que fazem parte da nossa história. Até troféu a gente comprava para motivar os torneios", contou.




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