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Das 10 cidades onde mais se roubam motos, quatro são da região

Levantamento mostra que Sto.André, S.Bernardo,
Diadema e Mauá tiveram 534 casos do tipo neste ano

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
10/05/2017 | 07:30
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Nario Barbosa/DGABC


Quatro cidades do Grande ABC aparecem em rankings dos dez municípios com maior número de roubos de motocicleta no Estado nos três primeiros meses deste ano. Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá totalizam 534 ocorrências no período. Na lista de março, Diadema é a terceira cidade com maior número de casos (69), atrás apenas da Capital (568) e de Osasco (80). São Bernardo aparece na quarta posição (62), Santo André está em sétimo (51) lugar e Mauá (24), em décimo (mais informações acima).

O levantamento é feito em parceria pela Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e a empresa de rastreamento Tracker, e tem como base dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado. Apesar de divulgar mensalmente os índices criminais, a Pasta não separa as motocicletas dos roubos e furtos de veículos.

Conforme o gerente de operações do Grupo Tracker, Rodrigo Boutti, a localização da região influencia nos números. “São cidades próximas à Zona Leste de São Paulo e de rodovias como Anchieta e Imigrantes. Quando se fala de motos de alta cilindradas, elas costumam ser roubadas no fim da tarde e início da noite, quando as pessoas estão saindo do trabalho ou indo a algum passeio. E a proximidade com a Zona Leste é por causa da realização de bailes funks, onde são utilizadas motos para exibição”, explicou. Ainda segundo ele, as motocicletas de modelos mais simples tendem a ser utilizadas em pequenos roubos. “Principalmente em pontos de ônibus, já que elas chamam menos atenção. Podem ser usadas até mesmo para roubar as de alta cilindrada.”

Questionada sobre o assunto, a SSP afirmou não comentar levantamentos dos quais desconhece a metodologia. “No entanto, as ações das polícias para coibir os crimes vêm dando resultado”, informou, em nota. Segundo a Pasta, a PM (Polícia Militar) realiza ações especiais, como a Operação Cavalo de Aço, para combater este tipo de crime. “Os locais de maior incidência recebem mais atenção no planejamento de operações especiais e de rondas preventivas. A PM planejou 188 operações em três meses para coibir, principalmente, crimes contra o patrimônio. Com isso, foi possível recuperar cerca de 40% dos veículos subtraídos.”

A Lei dos Desmanches também foi citada. “(A legislação) Ataca a cadeia econômica em torno desses crimes ao incrementar as exigências para comercialização de peças usadas. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) realiza constantemente esse tipo de operação, fiscalizou 518 estabelecimentos irregulares e fechou 47 deles em 2016 no Estado. Apenas em janeiro e fevereiro deste ano, 95 desmanches foram vistoriados e três, fechados.”




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