O espetáculo terá gosto de comemoração. Não só pelas três décadas de dedicação à música, mas também pelo Dia do Trabalho. “Será um prazer comemorar aí. Música é o trabalho que mais dá vontade de fazer. Não quero saber de férias, só de trabalho!”, diz Alceu.
O pernambucano também se confessa um “quase funcionário” do Sesc. Por dois motivos: porque é assíduo na programação cultural em todo o Brasil e porque tem uma ligação afetiva com a instituição, desde os tempos de adolescente, quando jogava basquete na equipe do Náutico.
“Tenho uma relação mágica com o Sesc. Em Recife, só havia um ginásio bacana, e era deles”, afirma. Foi lá que o pernambucano viveu uma paixão, aos 15 anos, que o inspirou a escrever sua primeira letra de música (veja quadro nesta página). No fundo, é uma paródia de uma música de Roberto Carlos. A qual nunca gravou, nem deu nome.
Fátima, sua musa inspiradora, era estudante do Colégio São José e ia ao ginásio do Sesc para treinar basquete. “Pedi ao técnico para ser assistente dele, só para treinar a menina”, diz, para depois gargalhar. No dia da final do campeonato, depois que venceu como o cestinha do time, Alceu foi enfim declarar seu amor. Ela nem quis saber: “Perdi a garota, mas pelo menos ganhei a letra”. Na época, ele nem pensava em ser artista e a primeira composição serviu como incentivo para criar muitas outras nos anos seguintes.
Show – O público desta quinta-feira pode esperar por sucessos no repertório. Alceu já confirmou que atenderá ao gosto popular, além de executar composições como Tropicana, Anunciação, Coração Bobo e Belle de Jour.
Também mostrará algumas faixas de seu último e ótimo disco, De Janeiro a Janeiro (atualmente vendido pelo site www.musicadeatitude.com.br). São músicas como a toada Quando eu Olho para o Mar, na qual Alceu toma como inspiração o momento em que, ainda menino, viu o mar pela primeira vez, em Olinda; e também Flor de Tangerina, definida por ele como “um xote com pinta de fado e jeito de samba-canção”. Outra confirmada é Estação da Luz, uma música que “é uma viagem”, na visão do próprio compositor. A letra é inspirada em um trem imaginário que sairia da Estação da Luz, em São Paulo, direto para Olinda.
A banda que acompanha Alceu é formada por Paulo Rafael (guitarra e violas), Maurício (baixo), Chiquinho (teclado e sanfona), Edwin de Olinda (percussão) e Cássio (bateria).
Alceu Valença – Show. Quinta-feira, às 19h. No Espaço de Eventos do Sesc Santo André – r. Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1250. Ingr.: R$ 5 (comerciários) e R$ 10. Estacionamento: R$ 1 (duas horas) e R$ 0,50 cada hora excedente, para comerciários; R$ 2 (duas horas) e R$ 1 cada hora excedente para usuários do Sesc e público em geral.
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