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Jason ressuscita em filme patético
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
10/01/2002 | 18:43
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  Jason X (Idem, EUA, 2002) é um caso atípico da indústria cinematográfica – a começar por sua estréia, que acontece nesta sexta no Grande ABC e Brasil e somente em março nos Estados Unidos. Portanto, é uma das raras vezes em que os brasileiros poderão conferir uma produção norte-americana antes mesmo de os espectadores de sua terra natal. A explicação não existe por parte da distribuidora, mas é óbvia – sua trama patética foi jogada nos cinemas daqui antes de sofrer o desprezo da crítica lá fora.

Tudo está errado em Jason X, até mesmo o gênero no qual é encaixado. De terror, o filme dirigido por Jim Isaac não tem nada. O que sobra para o público é rolar de rir com as situações absurdas, cenários e figurinos brega-futuristas e o personagem central, Jason Voorhees, protagonista da série de sucesso Sexta-Feira 13, que não morre nunca.

A história se passa em 2455, na antiga Terra, agora um planeta contaminado e abandonado pela raça humana. Vasculhando o lugar, um grupo de cientistas dá de cara com dois humanos congelados e leva os corpos quase intactos para a nave. Que azar – um deles é justamente Jason que, claro, ressuscita e começa a carnificina.

Mais imbecis que o roteiro são os personagens. O professor líder da nave (David Cronenberg) comanda um grupo de estudantes que exala sexo em pleno laboratório de pesquisa. As meninas parecem ter pulado de uma edição da Playboy. Há espaço também para um romance entre um dos rapazes e a robô Kay-Em (Lisa Ryder). Enquanto isso, Jason faz a festa, cortando muitos pescocinhos. É rir para não chorar.




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