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Sto.André quer acabar com feira de animais na praça Allan Kardec
Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
28/04/2002 | 19:20
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Criadores de cães e gatos que vendem filhotes na feira da praça Allan Kardec, em Santo André, foram advertidos neste domingo sobre a proibição de comercializar animais em áreas públicas, durante blitz realizada pelo setor de zoonoses do Departamento de Vigilância à Saúde. O artigo 55 da lei 7.974, de março de 2000, diz que o comércio de animais de pequeno porte, como cães, gatos e coelhos, só pode ser realizado no local de criação ou em lojas especializadas, desde que devidamente licenciadas.

A feira é realizada na praça Allan Kardec há cerca de dez anos, de acordo com criadores e freqüentadores. “Além de ser nosso ganha-pão, a feira é uma diversão para as pessoas que a visitam, principalmente para as crianças”, disse o criador Santo Duílio Montanari, que comercializa filhotes de cães na feira há um ano.

O agente de saúde do Departamento de Vigilância à Saúde de Santo André Jorge Matsumori, que coordenou a blitz, disse que o departamento já recebeu inúmeras reclamações de moradores, sobre sujeira na praça e também de maus-tratos aos animais. “Os cães e gatos ficam expostos ao sol forte e à chuva. Não há infra-estrututura apropriada na praça para receber os animais”, disse.

Os criadores não aceitam essa explicação e afirmam que cuidam muito bem dos animais. Eles estão preparando um abaixo-assinado para ser entregue ao Departamento de Vigilância à Saúde, que já tem pouco mais de 600 assinaturas. “Vamos pedir a manutenção da feira nesta praça”, disse a também criadora Elenice Faria. Eles pretendem conseguir pelo menos mil adesões antes de encaminhar o documento.

O administrador de empresas Raul Martins, que mora na região, assinou o documento na manhã de domingo, durante a ação da Prefeitura. Para ele, a feira não pode sair da praça. “Já estamos acostumados a vir aqui nos fins de semana. É uma diversão para todos”, afirmou.

Apreensão – Matsumori disse que as visitas à feira irão continuar nos próximos fins de semana. “Por enquanto nenhum animal será apreendido, mas se a ação educativa não adiantar, teremos de cumprir e legislação”, disse o agente de saúde. De acordo com a lei, os infratores deverão ser inicialmente advertidos. Em caso de reincidência, os animais serão apreendidos.




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