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PM propõe levar
aulas a universitários

A intenção é passar orientações sobre ordem urbana,
cultura de paz aos estudantes e orientações de segurança

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
16/03/2012 | 07:15
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O comando da Polícia Militar iniciou conversas com universidades do Grande ABC com o objetivo de implementar aulas de ordem urbana e cultura de paz aos estudantes. A expectativa é que o projeto seja colocado em prática em 60 dias.
A proposta do coronel Roberval França, comandante da corporação na região, é que policiais militares preparados, e com nível universitário, possam levar aos alunos orientações de segurança. E também mostrar os impactos que ações realizadas nas proximidades das instituições, como estacionar em fila dupla e som alto, causam na comunidade.
"A ideia é pedir espaço para introduzir disciplina facultativa com esses conceitos. Isso existe em algumas instituições da Capital e Interior, oferecendo série de conteúdos associados a esses temas", disse o coronel, ontem à tarde, em visita ao Diário junto com comandantes de companhias no Grande ABC.
Roberval afirmou que já fez contato inicial com a reitoria da UFABC (Universidade Federal do ABC) e hoje enviará ofício às outras 25 unidades de Ensino Superior da região. "Queremos ter espaços nas universidades para passar orientações de segurança para os alunos, discutindo conceitos de prevenção à violência."
O comandante sabe que haverá dificuldades para atrair universitários às aulas ministradas por militares. Segundo sua avaliação, ainda existe preconceito da parte dos estudantes em relação à polícia. "Preciso apresentar o projeto e buscar a adesão dessas instituições. Sabemos que temos o desafio de quebrar uma barreira inicial, que é o preconceito, e chegar nos estdudantes."

CONSEG UNIVERSITÁRIO
Além de implementar aulas de ordem urbana, o coronel pretende realizar ações efetivas para acabar com problemas no entorno das 26 universidades do Grande ABC. A intenção é criar o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Universitário, com a participação das instituições, dos diretórios acadêmicos, do Ministério Público e das prefeituras, a fim de garantir mais segurança aos alunos, funcionários e comunidade vizinha.
O projeto ainda está em fase inicial, mas Roberval França espera ter o Conseg consolidado ainda no primeiro semestre. "É uma iniciativa já adotada em algumas regiões do Estado, chamando os reitores para participar das discussões sobre segurança nas universidades e no entorno."
Segundo cálculos do comandante, as 26 universidades da região reúnem cerca de 200 mil pessoas. "A maioria não mora no bairro e não tem compromisso algum com o local."
O coronel acredita que as instituições também têm responsabilidade por eventuais danos causados nas suas proximidades. "Empresas têm de dar contrapartida do impacto causado na vizinhança. As universidades ensinam isso, mas têm de botar em prática para não se tornar discurso incoerente e contraditório." Ele avalia que os reitores não vão se furtar em participar ativamente do Conseg ou indicar representante.




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