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Evolução na saúde feminina

Com a mulher cada vez mais participativa na sociedade, a Medicina tem ampliado os cuidados, além da gestação

Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
08/03/2017 | 07:07
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Nos primeiros anos do século 20, o foco da Saúde feminina voltou-se, com exclusividade, ao acompanhamento do período da gestação. Com o passar dos anos, a mulher evoluiu em vários aspectos, buscando mais conhecimento e, consequentemente, estimulando a criação de programas que as auxiliem a ter uma vida mais plena.

“Tendo em vista esse avanço da mulher na sociedade, no mercado de trabalho, a gente a vê com mais informação e também querendo mais conhecimento. Ela tem necessidade de saber o que vai acontecer com ela”, ressalta a supervisora de enfermagem do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, Maria Aparecida Lopes Santos Fracaroli. “A gente teve uma evolução no tratamento. Temos no hospital um ambulatório de mastologia, você vê a busca da paciente, ela não vem só no Outubro Rosa, na época da campanha, vem procurar informações”, completa.

Para acompanhar esse processo, os profissionais da área também precisaram – e precisam – se renovar a cada dia, aponta a enfermeira obstetra e coordenadora de enfermagem do centro de parto do Hospital da Mulher, Maria Soledade Rodrigues Nantes. “Os profissionais também estão buscando entrar nessa linha de pesquisa, de conhecimento, para prestar assistência com segurança e humanização.”

Das cidades que retornaram ao Diário, exemplos de ações que ajudam desde a prevenção de doenças até os tratamentos, Ribeirão Pires destaca o Siscolo (Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero), que tem por objetivo reduzir a mortalidade e problemas de saúde decorrentes do câncer do colo do útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

“Outras ações são periodicamente realizadas na rede, a exemplo de palestras e atividades de conscientização que incluem o público feminino. A vacina contra o HPV (papilomavírus humano) é um dos exemplos de medidas de prevenção ao câncer de colo de útero e está disponível na rede municipal para meninas com idade entre 9 e 13 anos”, salienta a Secretaria de Saúde do município, em nota.

Em Mauá foi lançado em janeiro, na rede pública de Saúde, o Programa Mauá Mulher, visando promover principalmente a prevenção e o combate do câncer de mama e de colo de útero. A primeira ação foi a chegada da Carreta Mulheres de Peito, que permaneceu estacionada na Praça 22 de Novembro, na região central, de 7 de fevereiro a 4 de março. Foram realizadas 50 mamografias por dia útil e 20 aos sábados, totalizando em torno de 1.000 exames, que ajudaram a reduzir a fila de espera pelo procedimento na rede pública de Saúde mauaense. Entre as próximas atividades, a administração municipal estuda elaborar programa para focar no câncer do colo de útero. As demais cidades não retornaram as informações nem o pedido de entrevista com responsáveis pelas ações voltadas à Saúde da mulher.

GESTAÇÃO
Com o passar dos anos, a atenção à gravidez também se transformou. “Antes a mulher era imposta a ter o parto da forma que o profissional escolhesse. Hoje não, ela pode ter um plano de parto, pois tem o direito de ter o humanizado. Se é a protagonista, por que não pode ter o direito de ter o acompanhante sob sua livre escolha, de ver a posição e o melhor e mais natural método?”, ressalta Maria Soledade. “A mulher se sentiu empoderada de decidir o seu parto, de poder participar desse momento tão único e sublime da vida. Isso é um avanço muito grande”, acrescenta.

Já a supervisora de enfermagem do Hospital da Mulher, Maria Aparecida Lopes Santos Fracaroli, lembra ainda que as mulheres também estão mais preocupadas com o planejamento familiar. “A paciente está em busca da laqueadura, ela faz o pré-natal e já fala sobre isso, pois quer cuidar da saúde dela, quer ter os filhos e cuidar bem deles.” 




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