O nível de conhecimento exigido pelo Enem foi diferente em cada área do conhecimento. Dos testes aplicados no sábado, o de Química foi o mais complicado, segundo professores do Colégio Objetivo. No domingo, Português exigiu mais esforço dos estudantes.

Para o professor Sérgio Bignardi, foi preciso amplo conhecimento para resolver as perguntas de Química. "Os enunciados eram muito longos e as questões, trabalhosas e cansativas por causa dos cálculos."

O professor Constantino Carnelos classifica o teste de Biologia como de nível médio para difícil. "Creio que 50% da prova exigiu conceitos fundamentais, mas nem todos os textos eram claros", analisou.

A professora Selma dos Santos Rofino aprovou o nível exigido dos candidatos em História. "O único problema foi a data errada da abertura dos portos no Brasil. Colocaram 1810 e, na verdade, foi em 1808."

Temas atuais presentes nas questões foram reconhecidos como fator positivo. "O aluno teve de pensar e interpretar o texto. Mas os assuntos eram conhecidos", diz a professora de Geografia Vera Lúcia Antunes.

O professor Ricardo Helou Doca acredita que em Física os alunos encontraram mais facilidade do que o habitual porque foram poupados de textos longos e ‘pegadinhas'.

"As questões em português e o texto curto facilitaram a vida dos estudantes", destaca o professor de inglês Wellington Pimentel. "Para quem não consegue dominar outra língua, o espanhol foi a melhor opção", diz a professora Alcinéa Rodrigues.

Na avaliação do professor Gregório Krikorian, as perguntas de Matemática envolveram principalmente porcentagem e interpretação de gráficos. Por isso, não exigiram conhecimento de fórmulas complicadas.

A prova de Português foi trabalhosa e com enunciados longos. Para o professor Nelson Dutra, todas as questões demandavam muita reflexão. A redação, no entanto, não foi difícil. "Acredito que não houve estranheza."