A promessa da Prefeitura de São Bernardo de dar utilidade ao Viaduto Moyses Cheid, no Km 22,5 da Via Anchieta, enfim sairá do papel. A administração assina hoje contrato com a empresa Heleno Fonseca, que irá executar as obras no elevado, construído pelo governo do Estado na década de 1970 e nunca utilizado. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 100 milhões.

A expectativa do secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, é de que as obras sejam iniciadas ainda em junho e finalizadas até o início do ano que vem. "A estrutura do viaduto está boa. Vamos recuperar a parte externa, que tem ferragens expostas, e fazer a pavimentação. Queremos entregar o viaduto completo em março", comentou.

Também serão construídas as cabeceiras do elevado e os trevos que darão acesso à Avenida João Café Filho e ao bairro Ferrazópolis. "No Ferrazópolis, temos que melhorar as vias para que o motorista chegue ao Moyses Cheid e não precise se dirigir ao Km 23,5 da Via Anchieta", acrescentou Campos, em referência ao Viaduto Padre Fiorente Elena, próximo ao portão principal da fábrica da Volkswagen.

Após a entrega do elevado abandonado, a Prefeitura estuda implementar mudanças no trevo que dá acesso à Avenida Maria Servidei Demarchi. O objetivo é reduzir o número de acidentes naquela área.

Por ser muito estreito, o Viaduto Moyses Cheid receberá veículos em apenas um sentido, o de quem sai da região central e Ferrazópolis e trafega em direção ao bairro dos Casa.

PACOTE

Além da conclusão do elevado, a empresa que venceu a licitação será responsável pela execução de um pacote que prevê mais 19 intervenções no sistema viário, sendo que 14 foram definidas após a realização de plenárias do Orçamento Participativo.

O conjunto de obras prevê a criação de acessos aos bairros Selecta, Golden Park e Jardim Irajá, na periferia da cidade.

Outra intervenção que faz parte do contrato irá contribuir para melhorar o trânsito de veículos na região do bairro Assunção. A Prefeitura irá criar um pontilhão na Avenida Robert Kennedy, que servirá como mais uma opção de retorno e cruzamento. A Estrada do Rio Acima, no Riacho Grande, receberá recapeamento asfáltico.

O titular da Pasta afirmou que se reunirá nas próximas semanas com representantes da Heleno Fonseca para definir o cronograma das intervenções e estabelecer quais serão as prioridades.

Galvão Bueno fica no meio de fogo cruzado

A Prefeitura de São Bernardo e a Eletropaulo continuam sem se entender a respeito das instalações elétricas na Estrada Galvão Bueno. A administração municipal afirmou que um dos motivos que atrasam a entrega da duplicação da via é a falta de ligação elétrica em pelo menos dois postes – no dia 13 de maio a Prefeitura falava em quatro pontos de energia.

A concessionária, por sua vez, negou problemas na rede elétrica e disse ter cumprido todos os prazos estabelecidos. A AES Eletropaulo informou que enviou técnicos para analisar o local e constatou que não há pendências por parte da concessionária. Além disso, questionou parte dos comerciantes da região e nenhum problema na rede elétrica foi relatado, conforme explicações da empresa.

O secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo, Oscar Silveira Campos, afirmou que desconhece a realização dos serviços da Eletropaulo. “Se eles falaram para vocês que acabou, não falaram para a gente. Vamos cobrá-los para ter uma resposta oficial”, reclamou.

Mesmo com a conclusão dos trabalhos na rede elétrica, a entrega oficial da Galvão Bueno deverá demorar pelo menos mais quatro semanas. “Temos de fazer o paisagismo, tirar o entulho dos canteiros centrais e plantar a vegetação ao longo de toda a extensão da via”, acrescentou. As obras tiveram início em 2006 e o investimento é de R$ 32 milhões. (Colaborou Deborah Moreira)