Setecidades Titulo Chacina
Evidência deve ajudar a esclarecer caso
Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
18/11/2016 | 07:07
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O secretário de Segurança Pública do Estado, Mágino Alves Barbosa Filho, informou que uma nova evidência pode ajudar na identificação de mais suspeitos envolvidos na chacina de cinco jovens em Mogi das Cruzes, durante coletiva ontem. O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) investiga o envolvimento de GCMs (Guardas-Civis Municipais) de Santo André no crime.

“Os fatos estão sendo aclarados. Nós temos uma evidência concreta que está sendo examinada e em breve teremos uma posição em relação à autoria dos demais agentes”, afirmou ele, sem dar mais detalhes.

O guarda-civil e instrutor de tiro Rodrigo Gonçalves de Oliveira, que está na corporação municipal há 17 anos, foi preso na última semana. Ele admitiu utilizar um perfil falso no Facebook para atrair o grupo até Ribeirão Pires, porém alegou que os jovens não apareceram e o intuito era prendê-los.

A motivação seria uma vingança pelo envolvimento de dois deles (Caíque Henrique Machado Silva, 18 anos, e César Augusto Gomes, 19) na morte do colega Rodrigo Lopes Sabino, 30, morto em um latrocínio no fim de setembro.

“É absolutamente inverossímil se imaginar que uma pessoa só pudesse executar esse crime com essa complexidade de execução. Então a gente tem a ideia de que outras pessoas participaram ao lado daquele GCM que está preso e estamos trabalhando pra identificar os demais coautores.”

O secretário também afirmou que não houve participação de policiais no ocorrido. “Não há qualquer indício da participação de policial civil ou militar neste crime. No entanto, nenhuma hipótese é descartada, mas nenhum policial está sendo investigado porque não tem indício.”

Ontem, um familiar de um dos jovens mortos foi ouvido no DHPP. A investigação ainda espera que mais dez agentes da GCM prestem depoimento para a investigação. Dois deles já fizeram isso, desde a prisão de Oliveira.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou, em nota, que diversas pessoas serão ouvidas em inquérito policial, incluindo guardas-civis. A Prefeitura de Santo André afirmou que a corregedoria acompanha o caso e a corporação colabora com a investigação. 




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