A exposiçao tem curadoria de Robert Richard, um dos fundadores da AAPC (Associaçao dos Artistas Plásticos de Colagem) e, conseqüentemente, uma das pessoas que mais se esforça para divulgar a técnica. Richard divide seu tempo entre Sao Paulo, Mauá e Ribeirao Pires, cidades em que desenvolve - ou já desenvolveu -, por meio de sua empresa, a Première Club - Cinema e Espetáculo, projetos de recuperaçao de salas de cinema de rua. A AAPC surgiu em 1980, organizou cursos e três bienais (1980, 1982 e 1986). Mas, em funçao dos efeitos negativos provocados pela intervençao do presidente Collor na economia, a entidade perdeu sua sede paulistana, em 1994, bem como suas atividades.
"Essa exposiçao é o ponto de partida para a retomada da AAPC. Em pouco tempo, desde o segundo semestre de 1998, conseguimos encontrar 50 artistas, entre antigos sócios e novos interessados. A faixa etária varia dos 18 aos 84 anos, caso de Niobe, uma artista que sempre defendeu a colagem. Cada um deles mostrará uma obra, antiga ou feita especialmente para esta mostra", explica Richard, que também preparou um trabalho. O próximo passo, afirma Saez, artista de Mauá, é conseguir uma nova sede para a AAPC - a opçao está entre Sao Paulo e Santo André - e, depois, preparar novos eventos, lançamentos de livros e a 4ª ediçao da bienal para 2000.
A colagem pode assumir denominaçoes variadas, como decoupé, fotomontagem, assemblage, object trouvé ou collage. No Brasil, surgiu na década de 60, graças a Tereza D'Amico, que retratou a essência feminina. Do ponto de vista de uso de material, vale tudo na colagem, mas engana-se quem pensa que o resultado é descompromissado e de valor artístico superficial.
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