Na ocasião do encerramento do simpósio, domingo, cerca de 100 pesquisadores irão visitar Paranapiacaba de trem e aproveitar para conhecer o Museu do Funicular, a tecnologia ferroviária e a arquitetura local.
O recurso da WMF foi disponibilizado há dois anos, quando a organização de Nova York decidiu incluir Paranapiacaba em sua lista bienal dos 100 sítios históricos mais ameaçados no mundo. Entre os patrimônios brasileiros, apenas o Parque Nacional da Capivara, no Piauí, e a igreja de Santo Antônio do Paraguaçu, em Salvador, na Bahia, já foram incluídos na lista (e retirados, o que é comum) – mas não receberam os investimentos financiados pela American Express.
Porém, para que a verba acabasse nos cofres do município, a Prefeitura teve de fazer uma série de reajustes no projeto apresentado à WMF, que tinha inicialmente a intenção de transformar a casa de arquitetura portuguesa localizada no número 33 da rua Rodrigues Quaresma em centro de documentação. "Nesses dois últimos anos, a proposta passou por reformulações que foram aprovadas pela WMF. Com isso, o projeto que previa a ampliação da casa para abrigar documentos de referência da Vila se transformou na criação de uma biblioteca informatizada para proporcionar a pesquisadores, educadores, estudantes e historiadores acesso a todos os materiais acadêmicos sobre Paranapiacaba", disse o gerente de projetos de estudos patrimoniais e coordenador da Casa 33, o arquiteto Wilson Roberto Stanziani de Souza.
A casa vai manter as características originais, mas passará por restauração das partes construídas em madeira e também as que foram feitas em alvenaria. A edícula da propriedade, datada do século 19, também será restaurada para servir como espaço para banheiros. "Com o restante do dinheiro, serão comprados cinco computadores que serão utilizados para as pesquisas. A casa terá ainda uma sala de exposições sobre a Vila e deverá estar aberta a partir do segundo semestre", disse Souza.
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