O chefe de gabinete da Prefeitura de Diadema, Osvaldo Misso, não vê problemas no atendimento improvisado na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Paineiras. Na semana passada, o Diário denunciou que a vacinação contra a gripe para idosos e gestantes era aplicada em uma área improvisada ao lado de uma construção. Após a reportagem, a Prefeitura transferiu o atendimento para um centro público na rua ao lado da unidade.

"A vacinação sempre foi feita com controle da vigilância sanitária, sem problema. Nunca teve risco de contaminação. Nas campanhas de vacinação você vacina até em supermercados e feiras livres. A condição que estava sendo colocada não oferecia risco", avalia Misso, que é ex-secretário de Saúde. Em relação ao centro público, Misso demonstrou desconhecimento da situação. "Eu não posso comentar porque ainda não fui lá. Mas, a princípio, é o local mais adequado para o atendimento", afirmou.

Misso atribuiu os problemas no Hospital Municipal de Diadema, conhecido como Hospital Piraporinha, à "falta de investimentos do governo do Estado". "Por inoperância do Estado, alguns municípios assumem serviços que não são originariamente de responsabilidade municipal. Diadema assumiu um hospital público que não é uma normalidade entre as cidades do porte de Diadema", criticou.

Para tentar amenizar o problema da falta de atendimento médico, a Prefeitura irá construir três novas UBSs, que funcionarão nos bairros Campanário, Jardim ABC e Vila Paulínia.

O município também contará em breve com duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), sendo uma no bairro Paineiras, cuja previsão é inaugurar em dezembro, e outra no bairro Piraporinha, que será inaugurada no fim do ano que vem. O investimento total é de R$ 4,5 milhões.