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Aterro Lara adota tecnologia de ponta
Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
21/09/2002 | 18:24
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Os administradores do aterro sanitário Lara costumam levar seus visitantes para conhecer a Estação de Tratamento de Efluentes, que eles apontam orgulhosos como “a primeira do Brasil e da América Latina”.

A compra do complexo custou R$ 3,5 milhões e utiliza tecnologia norte-americana para tratar o chorume. O líquido preto, resultado da decomposição do lixo, que sai do aterro é depositado em duas lagoas, onde recebe um primeiro tratamento. Depois, vai para um tanque gigantesco, com capacidade para 1 milhão e 700 mil litros. Nesse tanque o chorume é efetivamente tratado e lançado, já limpo, para duas piscinas.

Além dos dois aterros sanitários, Lara e São Jorge, que recebem lixo doméstico, a região utiliza o aterro Boa Hora, em Mauá (vizinho ao Lara), para receber lixo industrial.

O Boa Hora emprega 23 pessoas e funciona em uma área de 210 mil m², onde havia antigamente um porto de areia, administrado por portugueses, que passaram a denominar aquele local de “Boa Hora”. O aterro recebe 8 mil toneladas de lixo por mês das categorias 2 e 3 (lixo industrial, entulho, poda de árvore e vários produtos). Cerca de 80% são provenientes do Grande ABC e o restante vem de São Paulo.

O Boa Hora tem 40% (85 mil m²) de sua área ocupada. A previsão de vida útil do aterro é de mais 40 anos. O incinerador trabalha 24h/dia e é utilizado para queima de lixo hospitalar.

A região possui outras duas unidades de incineração, em Mauá, que pertencem à empresa Silcon. Nesses locais, também são queimados resíduos hospitalares. Tem ainda uma unidade de incineração de carcaça de animais, administrada pela empresa Delc, e instalada no bairro Cooperativa, em São Bernardo.

Há três unidades de inertização (uma em Santo André e duas em São Bernardo), da empresa ATT Ambiental. A inertização é um processo de tratamento, para desinfectar o lixo contaminante, originário de hospitais.

Esse sistema recebe os resíduos, tritura-os e reduz o volume das partículas em 80%. Em seguida, o lixo é umedecido por meio de vapor, vai para uma câmara de microondas que atinge entre 95 e 97 graus centígrados por 30 minutos. Quando o lixo sai, está desinfetado e pode ser transferido para um aterro comum.




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