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Massagista é cobrado por clube que não freqüenta há 12 anos
Paula Nunes
Do Diário do Grande ABC
01/09/2006 | 22:49
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O massagista José Eduardo Zago, 42 anos, ficou surpreso quando chegou em sua casa uma cobrança do Thermas de São Paulo Magic City, clube que não freqüenta desde 1984. De acordo com a correspondência, Zago possui um débito de R$ 480 em aberto com a instituição e, caso não quite o valor, terá seu nome encaminhado ao SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) e ao Serasa (Centralização dos Serviços dos Bancos). Para completar a perplexidade do morador de Mauá, seu título, adquirido em 1979, é remido, ou seja, o isenta do pagamento de mensalidades. “Paguei uma fortuna pelo título na época, para não ter dor-de-cabeça”, lamenta Zago.

“A cobrança é totalmente ilegal”, diz o advogado Artur Rollo, professor de Direito do Consumidor da Faculdade de Direito São Bernardo. A sugestão do especialista é que Zago escreva uma carta para o clube explicando que não deve nada à instituição, que o título é remido e informe que há 12 anos não vai ao lugar. O advogado ainda orienta ao massagista que ele aproveite a ocasião para salientar que não tem a intenção de voltar a freqüentar o clube. “É uma garantia para, caso o nome dele seja encaminhado a listas de proteção ao crédito, que ele tenha como se defender judicialmente”, explica Rollo.

O Thermas de São Paulo Magic City é um complexo de lazer localizado em Suzano, a 70 km da capital paulista. A reportagem solicitou ao clube uma resposta sobre a cobrança indevida na última quarta-feira, mas, até o fechamento desta edição, não recebeu retorno.

“São dois os erros cometidos pelo clube. Um que ele não pode cobrar porque o título é remido. Segundo, que depois de todo esse período sem freqüência, no máximo o clube deveria mandar uma correspondência perguntando o porquê do desinteresse do associado”, avalia o advogado.

“Quando chegou em casa a carta do Thermas, achei que fosse um convite”, conta José Eduardo Zago. “Mas ao perceber que era uma cobrança, fiquei furioso”, completa o massagista. O advogado Artur Rollo dá uma dica para quem deseja deixar de ser sócio de um clube. “Deixou de freqüentar o local, faça questão de manifestar por escrito seu desinteresse em continuar no quadro de associados”, sugere. Segundo o especialista, desta forma, a pessoa não precisa esperar três meses para que seu título seja retomado pelo clube. “É uma garantia para não receber depois cobranças que não procedem”, ensina.



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