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Suplicy acha testemunha do seqüestro de Celso
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
21/12/2003 | 21:00
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O senador Eduardo Suplicy (PT) esteve neste domingo à tarde no local onde o prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, foi sequestrado na noite de 18 de janeiro de 2002 e encontrou uma nova testemunha do caso.

Sob intensa chuva, Suplicy visitou várias casas em busca do pastor evangélico que teria filmado a cena do sequestro. Identificado apenas como Paulo, o homem afirma ao senador há pelo menos 18 meses que filmava a festa de aniversário de sua neta quando percebeu a movimentação e passou a gravar imagens do sequestro do prefeito. O homem teria afirmado que a prova pode confirmar o papel exercido pelo empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, no sequestro.

Preso a pedido do Ministério Público, que o acusa de participação no seqüestro e morte do prefeito, Gomes da Silva vai depor nesta segunda, às 13 horas, no Fórum de Itapecerica da Serra. O advogado de defesa, Roberto Podval disse neste domingo que “não há estratégia” pré-definida para o depoimento, que seu cliente vai “falar a verdade” e “responder a tudo o que perguntarem”.

Suplicy conversou com sete moradores da rua Antônio Bezerra e não encontrou pistas do homem. No entanto, conheceu uma testemunha que diz ter visto a cena integralmente, da varanda de sua casa, a cerca de 50 metros do local. A moradora revelou que Gomes da Silva ficou o tempo todo dentro do carro, enquanto durava o arrebatamento, e só deixou a Pajero, de arma em punho, depois que os seqüestradores haviam levado o prefeito, retirado pela porta do passageiro.

O depoimento dela confirma a versão de Gomes da Silva. Essa moradora afirma não ter sido procurada pela polícia nem por outras autoridades para prestar depoimento. “O que a senhora viu é muito importante”, disse Suplicy.

Antes de deixar o local, Suplicy ligou para a secretária eletrônica do homem que diz possuir a fita: “Estou aqui na Rua Antônio Bezerra e conversei com inúmeros vizinhos. Conversei com uma senhora que, tal como o senhor, viu a cena do sequestro. E não posso chegar a uma conclusão tão afirmativa quanto a que o senhor me disse. Mais uma vez quero reiterar a importância de seu espírito público e cristão, visto que o senhor é um pastor, para que coloque a fita a serviço da Justiça, de maneira que o caso seja esclarecido, seja para defesa do Sérgio ou para comprovar sua participação”.

Suplicy teria um encontro nesta semana com os promotores públicos de Santo André, mas disse que adiou o encontro porque tem muitos compromissos em Brasília. “Querem conversar comigo, mas ainda aguardo o acesso à fita.”




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