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Site facilita controle e pesquisa sobre diabetes
Marilia Montich
Do Diário do Grande ABC
05/09/2010 | 07:46
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Quem tem diabetes sabe o quanto é importante controlar diariamente a variação da glicemia (concentração de açúcar no sangue), o que nem sempre é uma tarefa simples. Para facilitar a vida do paciente nesse sentido, está disponível na internet, desde março deste ano, o site Glicemias Online (www.glicemiasonline.com.br).

DIÁRIO VIRTUAL

O sistema on line é totalmente gratuito e permite que o diabético mantenha uma espécie de diário para acompanhar a doença. Lá, ele pode anotar todas as suas medições de glicemia, administrações de insulina ou hipoglicemiante oral, exames de hemoglobina glicada, entre outros. As informações podem ser visualizadas na forma tabelas, gráficos e estatísticas.

A ideia de criar a ferramenta, única no Brasil, partiu das necessidades sentidas na pele por um de seus fundadores, diabético tipo 1 há 10 anos. "Antes, precisava anotar tudo no papel para levar às consultas médicas. Vivia esquecendo, perdendo ou sujando as anotações", relata o idealizador do site, Rafael Apocalypse.

Para tornar o processo ainda mais fácil, o programa permite que as anotações sejam feitas através do próprio sistema on line, pelo navegador web de smartphones ou ainda por SMS, no qual basta o paciente enviar uma mensagem de seu celular com o valor de sua glicemia ou com a quantidade de medicamento para um dos números do Glicemias Online, e a anotação será cadastrada automaticamente.

No início deste mês, o site ganhou sua versão final e, com ela, algumas novidades. Ele passou a contar com um novo sistema de estatísticas e gráficos melhores, além de uma nova funcionalidade. "Agora existe também a possibilidade de o paciente cadastrar o consumo de carboidrato", explica Apocalypse.

Segundo o criador da proposta, além do armazenamento de informações, o sistema é uma forma de facilitar o entendimento do paciente sobre a doença e as reações do organismo através do material gráfico elaborado. No entanto, isso não significa que a ajuda especializada deva ser descartada. "A intenção não é que o paciente tenha autonomia sobre seu tratamento, ele não deve dispensar o médico", ressalva Apocalypse. "O que acontece é que, com o site, a pessoa dispõe de mais informações para fazer questionamentos na hora da consulta."

Hoje, estima-se que cerca de 170 pessoas estejam cadastradas no serviço. Os médicos ainda não contam com um acesso exclusivo, mas podem compartilhar a senha dos pacientes ou apenas visualizar as informações, tanto impressas como em arquivos PDFs enviados por e-mail.

De acordo com Apocalypse, os profissionais da saúde têm apoiado a iniciativa. "Temos conversado com alguns médicos, e o retorno é sempre positivo. Eles gostam e passam a usar e indicar o site", assegura.




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