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Prefeitura de Diadema vai contratar 77 médicos
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
01/10/2003 | 21:44
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Setenta e sete médicos estão sendo contratados pela Prefeitura de Diadema para suprir a maior parte da defasagem existente na rede de saúde hoje, de 96 profissionais. Segundo o secretário de Finanças, Sérgio Trani, 45 médicos serão admitidos por contrato emergencial e outros 32 foram aprovados no último concurso público. Hoje, são 390 médicos na rede municipal. Segundo Trani, a Prefeitura prevê a realização de um novo concurso para todas as áreas até o fim deste ano. Os salários-base para os novos médicos são de R$ 3,8 mil por 40 horas de trabalho semanais.

O secretário diz que a defasagem de profissionais na saúde de Diadema é um resultado de demissões e saídas ocorridas nos últimos anos. No início de 2001, houve um corte para que a receita do município fosse adequada à lei de responsabilidade fiscal. “A lei limitava o gasto com a folha de pagamento a 51,6% do orçamento da saúde. Quando assumimos, a folha representava 70% da receita, tínhamos de fazer os ajustes para pôr a casa em ordem.” Hoje, a folha representa 48%. Este índice deve chegar ao teto quando as contratações forem realizadas.

Paralelo às demissões, Trani confirmou que também houve a saída espontânea de muitos profissionais, conforme denunciou o Sindicato dos Funcionários Públicos da cidade. “A rotatividade é grande entre os médicos.” Um dos motivos da saída dos médicos foi, segundo o secretário, um convênio com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), feito no início do ano passado. “Por um lado, chegaram médicos e, por outro, criou-se um problema interno. Muitos profissionais não aceitavam que os médicos da Unifesp ganhassem mais (cerca de 30%) e decidiram sair. Muitos saíram.”

Ajustes – Segundo o secretário, as contratações só foram possíveis agora, depois de a Prefeitura fazer ajustes no orçamento em 2001 e de conseguir, a partir de agosto do ano passado, alguns créditos. “Reconhecemos o problema e entendemos a reclamação da população.” Mesmo assim, Trani diz que a saúde da cidade não é ruim. “A prova é que chega a ser procurada por pessoas de outros municípios. O problema é que não tínhamos como contratar antes, agora poderemos.”

Em 2004, a saúde vai receber 28,19% de todo o orçamento (de R$ 347,3 milhões), o equivalente a R$ 97,9 milhões. É o primeiro maior repasse do município, seguido pela Educação, com 21,84%. No ano passado, a saúde recebeu 27,27% do valor do orçamento total de R$ 252,8 milhões. Como a arrecadação foi maior este ano, a saúde terá um aumento real de 42%.

A verba será utilizada na contratação dos médicos, na aquisição de equipamentos para hospitais e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), além da finalização do Quarteirão da Saúde, uma área que oferecerá atendimento de especialidades, que está sendo construída ao lado do Pronto-Socorro Central.




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