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Estado não quer Hospital Nardini
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
02/02/2007 | 23:20
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O governo estadual descartou a hipótese de reassumir o controle administrativo do Hospital Nardini, em Mauá. Em dezembro, uma fonte da própria administração municipal afirmou que o prefeito Leonel Damo (PV) levaria a proposta ao governador José Serra (PSDB). No mês passado, Damo conversou com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e entregou uma lista de reivindicações.

“Estive com o Damo e não tratamos disso. Ele pediu apenas ajuda para equipar o centro cirúrgico”, disse Barradas, nesta sexta-feira, em entrevista coletiva para anunciar os planos do governo para a área da Saúde nos próximos quatro anos.

Um técnico da secretaria estadual esteve no Nardini na semana passada para elaborar uma lista com os equipamentos necessários para o centro cirúrgico. “Vamos ver quanto custa para equipar esse centro cirúrgico para depois definir o valor da ajuda financeira”, disse o secretário.

O Hospital Doutor Radamés Nardini começou a ser construído na década de 1970. Seria um hospital particular, mas as obras foram paradas e o Estado o encampou. Na década seguinte, a unidade passou a ser administrada pelo município.

Barradas anunciou ainda que o Grande ABC receberá um dos 20 CREs (Centros Regionais de Especialidades) que o Estado pretende criar até o final da gestão Serra. Ainda não está definida a cidade da região que receberá a unidade. Os centros serão geridos em parceria com organizações sociais. A Faculdade de Medicina do ABC deverá ser parceira do governo no projeto.

Santos e Votuporanga serão as duas primeiras cidades beneficiadas, com instalação dos postos a partir deste ano. Quatro CREs já funcionam na Capital, um deles na Zona Sul. Segundo o secretário estadual, o objetivo é criar especialidades médicas em cidades que ainda não as tenham, como a cardíaca, para acabar com as filas de espera por consultas e exames nos municípios. O mecanismo de atendimento não vai mudar. Os pacientes serão atendidos nas unidades municipais, que serão responsáveis pela marcação dos exames nos CRÊS.

O plano deverá evitar ainda a corrida de pacientes para a porta dos hospitais universitários. Na semana passada, cerca de mil pessoas estiveram na Faculdade de Medicina do ABC na tentativa de marcar consulta oftalmológica.



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