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Limpeza de terreno ao lado do Viaduto Cassaquera custaria R$ 9 milhões
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
30/07/2009 | 07:43
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O saneamento do terreno nas proximidades do Viaduto Cassaquera, doado pela Prefeitura de Santo André à Fundação Casa, pode sair mais caro do que a tentativa de buscar e licenciar outra área para a construção das unidades de internação para jovens em conflito com a lei no município.

Empresas especializadas em limpeza calculam que a retirada, o transporte e o descarte de todo o entulho que cobre o terreno poderá custar cerca de R$ 9 milhões aos cofres públicos. O Diário alcançou a média para realização do serviço a partir de orçamentos de instituições privadas. Com o montante apontado, seria possível edificar três unidades de internação da Fundação Casa, orçadas em cerca de R$ 3 milhões cada.

O projeto para Santo André é o mesmo de São Bernardo e prevê a instalação de dois prédios, cada um podendo receber até 56 jovens - sendo 40 vagas para internação e 16 para regime temporário.

Apesar da cessão ao Estado ter sido autorizada há 17 meses, a área não foi desocupada pela Prefeitura e, na condição em que está, inviabiliza o início dos trabalhos.

Os resíduos estão espalhados por todo o espaço de 12,5 mil metros quadrados, entre a linha férrea e a Avenida dos Estados.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) estima em cerca de 300 mil toneladas o volume de detritos depositados no terreno.

O entulho e a terra representam a maior parte, embora seja possível encontrar no local tijolos, cacos de telha e de azulejos e pedaços de plástico e borracha.

Além do alto gasto financeiro, a realização do serviço também demandará muito tempo.

Em condições adequadas de trânsito, clima, e sem problemas de ordem técnica, com a manutenção de veículos e ferramentas, as empresas calculam em aproximadamente seis meses o prazo de execução.

Mais trabalho - A limpeza do Cassaquera é apenas uma das etapas para a liberação da área, que ainda deverá ser alvo de estudo ambiental determinando se o espaço está ou não contaminado, como constatado em 2005.

Os gastos com essa fase ficaram a cargo do Estado. A análise, porém, não pode ser principiada até que o local esteja saneado.

A impossibilidade de iniciar as obras fez com que a Fundação voltasse a atenção ao terreno de desativada escola estadual no bairro Sacadura Cabral, onde houve tentativa de construção em 2007. A posse da área, contudo, é disputada por Estado e município na Justiça, e uma liminar impede a construção imediata sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Mesmo diante de todas as dificuldades, a Prefeitura de Santo André informou que considera o espaço do Cassaquera "como o único local para a instalação da Fundação Casa".




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