Setecidades Titulo Santo André
Moradores do 2º Subdistrito protestam contra intermitência no abastecimento

Grupo de 50 pessoas caminhou até a sede do Semasa na manhã de ontem

Leonardo Santos
Especial para o Diário
25/08/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Cerca de 50 moradores dos bairros Jardim Ana Maria, Jardim Santo Alberto e Parque Novo Oratório protestaram, ontem pela manhã, contra a falta de água observada na região do 2º Subdistrito. O grupo caminhou do Parque Regional da Criança, na Avenida Itamarati, até a sede do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), na Avenida José Cabalero, na Vila Bastos, munido de cartazes, faixas e carro de som.

Os munícipes utilizaram as redes sociais e criaram grupo no WhatsApp para organizar a ação. Os manifestantes também protocolaram denúncia no Ministério Público municipal com pedido para que o órgão investigue a situação.

A manicure Marta Betana, 50 anos, revela que mudou a rotina para conseguir aproveitar o recurso. “Tenho de lavar roupa de madrugada, porque às 7h já não tem mais água”, desabafa. “Eles (Semasa) dizem que no sistema consta que na minha residência tem água. Não sai sequer uma gota da torneira.”

“Nunca tem previsão para a água voltar”, salienta a doméstica Sônia Martins, 57. “Antes, a conta custava R$ 35. Hoje, chego a pagar R$ 60 e não tenho o recurso. É um absurdo pagar por algo que não consumimos.”

O superintendente adjunto do Semasa, Roger Gregorio, dialogou com os manifestantes e pediu colaboração. Segundo ele, houve redução do volume de água fornecido pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) de 2.370 litros por segundo para 1.750 litros por segundo<CF50> – a cidade compra água por atacado da empresa. “Com essa deficiência, não há como abastecer a população 24 horas.”

Por meio de nota, a Sabesp informou que a falta de água em Santo André é de responsabilidade do Semasa e que vende 288 litros por habitante por dia no atacado, sendo que a média é de 243 litros. O Semasa contesta o número, ao informar que recebe 232 litros por habitante por dia.

A Sabesp lembrou ainda os processos judiciais de cobrança de contas não pagas pela autarquia municipal, que estão em andamento, com grande parte da dívida em fase de execução e precatórios. O Semasa, por sua vez, rebateu que os processos estão tramitando no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O órgão, ligado ao Ministério da Justiça, apura possível cobrança abusiva por parte da estatal. 




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