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'The Magdalene Sisters' ganha o Leão de Ouro em Veneza
Da AFP
08/09/2002 | 18:55
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O filme The Magdalene Sisters, do diretor escocês Peter Mullan, ganhou o Leão de Ouro no 59º Festival de Cinema de Veneza, na Itália, cuja cerimônia de premiação foi realizada neste domingo. Ambientado na Irlanda dos anos 60 e denunciado pelo Vaticano como uma “furiosa e rancorosa provocação”, o longa-metragem estava entre os favoritos ao prêmio máximo.

A obra, baseada em uma história verídica, descreve os maus-tratos de que são vítimas três jovens enviadas para trabalhar em lavanderias da Igreja Católica administradas por monjas. Para Mullan, que entre as atrizes incluiu uma ex-monja dos conventos denunciados, “chegou a hora de a Igreja reconsiderar o que fez no século XX e o que fará no século XXI”.

O prêmio de melhor interpretação masculina foi concedido ao ator italiano Stefano Accorsi por seu papel no filme Un viaggio chiamato amore, de Michele Placido (Itália).

Accorsi, praticamente um desconhecido fora da Itália, conseguiu derrubar astros como Tom Hanks e Jean Rochefort. O ator interpreta o poeta Dino Campana, no longa que narra a apaixonada história entre o poeta, que termina no asilo, e Sibilla Aleramo, escritora e mulher independente interpretada por Laura Morante. Ele já atuou, entre outros filmes, em Capitães de Abril, de Maria de Medeiros, e em O Quarto do Filho, de Nanni Moretti, Palma de Ouro em Cannes.

A atriz norte-americana Julianne Moore ficou com o prêmio de melhor interpretação feminina por seu papel em Far from Heaven, do também norte-americano Todd Haynes. Ela faz o papel de uma esposa-modelo que descobre o marido em situação delicada com outro homem.

Julianne, que sucedeu Jodie Foster no papel de Clarence Sterling no filme Hannibal, tem uma carreira de destaque, e já atuou com nomes importantes do cinema, além de ter filmado com Robert Altman e os irmãos Coen, por exemplo.

La Maison des Fous, metáfora da guerra e da intolerância realizada pelo cineasta russo Andrei Konchalovski, recebeu o Grande Prêmio do Júri. O realizador inspirou-se na história real de um hospital psiquiátrico localizado na fronteira com a Chechênia durante a primeira guerra na república separatista russa, em 1996.




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