Economia Titulo
Gasolina pode subir em SP e RJ com acordo
Do Diário do Grande ABC
10/08/2000 | 00:14
Compartilhar notícia


Se as margens de lucro sugeridas pelo governo para distribuidoras e postos de combustíveis forem praticadas no Rio de Janeiro e em Sao Paulo, o preço final da gasolina para o consumidor subirá para R$ 1,56 e R$ 1,52 o litro, respectivamente. O preço médio da gasolina no Rio é de R$ 1,50, e em Sao Paulo, de R$ 1,49.

O custo das distribuidoras para entregar a gasolina nos postos do Rio é de R$ 1,36. Se a ele forem acrescidos R$ 0,20 de margem de lucro - R$ 0,05 para as distribuidoras e R$ 0,15 para os revendedores -, como propoe o governo, o preço na bomba chegaria a R$ 1,56.

A proposta do governo de limitar as margens de lucro pode ser eficiente em cidades como Brasília e Salvador, mas nao se aplica à maior parte do Sul e Sudeste, onde se localiza o maior mercado do país.

Reduçao - Para analistas do setor, outra medida que se revela inócua para reduçao dos preços, pelo menos a curto prazo, é a diminuiçao, de 24% para 20%, do percentual de álcool anidro misturado à gasolina A para formar a gasolina C, a mais barata do mercado. O custo do álcool anidro, mesmo elevado, ainda é menor que o da gasolina A. Portanto, a reduçao do percentual de álcool e o aumento do percentual de gasolina A na mistura vai elevar o preço da gasolina C. Para esta mudança na mistura nao resultar em aumento, o custo do álcool anidro teria que ser reduzido em 15%.

Este mês, as distribuidoras já formaram seus estoques de álcool anidro, até pela tendência de alta no preço. A estimativa das distribuidoras é que a reduçao na mistura vá gerar um aumento de R$ 0,03,5 (três centavos e meio) por litro de gasolina.

Fiscalizaçao - Estes argumentos foram levados à reuniao de terça-feira com o governo, quando ficou estabelecida a reduçao nas margens de lucro das distribuidoras e dos postos e a fiscalizaçao por parte da Agência Nacional do Petróleo.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), além de propor a reduçao da alíquota do ICMS sobre o álcool hidratado, reclamou do preço presumido da gasolina utilizado para recolhimento do ICMS nas refinarias. Para o Rio de Janeiro, este preço está na casa de R$ 1,60, bem superior ao praticado nos postos. As distribuidoras alegam que acabam tendo uma carga tributária maior que a devida.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;