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Agora é sonhar com a elite
Camila Galvez
Fábio Munhoz
07/03/2011 | 07:00
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Achuva fina que caiu durante todo o sábado deu trégua e, com quase uma hora de atraso, a escola de samba Fúria Negra foi a primeira a pisar na Avenida Aldino Pinotti, palco do samba em São Bernardo, pouco antes das 21h. Com 230 integrantes em oito alas, a escola homenageou a tradição egípcia.

Durante a passagem da agremiação, o clima nas arquibancadas era de empolgação. Ao final do desfile, que durou 42 minutos, a animação persistia na dispersão, com integrantes gritando em coro ‘é campeão'. "Foi muito bom. A expectativa é de que a gente consiga subir para o Grupo 1", afirmou o vice-presidente da Fúria, Leandro Carvalho.

A Terceira Idade Brilha São Bernardo foi a segunda a desfilar, por volta das 22h. Os carros alegóricos estavam modestos, mas a animação dos integrantes, 70% deles com mais de 60 anos, era evidente: todos cantavam o samba-enredo com empolgação.

No ano passado, a Terceira Idade não desfilou por problemas com a antiga presidência. O compromisso da nova presidente, Roseli do Carmo Grana, 51 anos, era trazer o brilho da tradicional escola de volta para a avenida. Quem também cumpriu seu papel foi Silvio Simione. Aos 88 anos, ele esbanjou sorrisos e fôlego durante o desfile. "Quase que não aguento, minhas pernas estão moles, mas valeu a pena", disse ele na dispersão.

POLÊMICA - Às 23h08, teve início a participação da Acadêmicos da Vila Baeta Neves, que teve dificuldade para animar o público. Poucas pessoas, inclusive os integrantes da escola, cantavam o samba-enredo, que homenageou as crianças. A agremiação teve problemas na evolução - não se deslocou de maneira uniforme pela pista. Aos dez minutos, a comissão de frente havia avançado menos de dez metros.

Outra polêmica envolvendo a escola do Baeta é a letra do samba, idêntica à apresentada no ano passado pela escola Lírios de Ouro, de Santo André. Segundo Peterson Cruz, compositor da canção, o motivo é uma parceria entre as escolas. "Quando a gente faz o samba, faz em parceria. Eu mesmo já puxei (‘o samba') em várias escolas, não foi só essa."

A última a entrar na avenida foi a Unidos da Vila Rosa, por volta da 0h10. Mesmo com o frio da madrugada, a escola conseguiu levantar o público com enredo que contou a história da luta do negro pelo fim da escravidão.

A comissão de frente mostrou os escravos libertos de suas correntes e a tradicional capoeira. O carro abre-alas também merece destaque, com a representação da senzala e das entidades do candomblé.

A presidente da escola, Vanda Santana, acredita no título. "O mais importante, porém, é a empolgação da minha comunidade. É para isso que serve o Carnaval."

A escola que terá a honra de subir para o Grupo 1 do Carnaval será conhecida quinta-feira, a partir das 14h, no Ginásio Poliesportivo.




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