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Sto.André previne leptospirose
Andrea Catao Maziero
Da Redaçao
15/10/2000 | 19:06
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A Secretaria Municipal de Saúde de Santo André realiza desta segunda a sexta-feira a desratizaçao em 16 córregos e rios do município, como forma de prevenir a leptospirose - doença transmitida pela bactéria leptospira, presente na urina do rato. O projeto, que foi apresentado à DIR-2 (Direçao Regional de Saúde), órgao responsável pela regiao, tinha como objetivo promover açao conjunta entre os sete municípios. As demais Prefeituras do Grande ABC informaram que nao devem efetuar a desratizaçao nesta semana.

No entanto, todos os municípios devem participar do Encontro Regional de Leptospirose, que vai acontecer semana que vem na Fundaçao Santo André. Devem comparecer ao evento profissionais de saúde envolvidos em açoes preventivas, bem como trabalhadores de risco, entre os quais funcionários dos serviços municipais de água e esgoto, da Eletropaulo, Telefônica e Bombeiros.

O gerente de Controle de Zoonoses de Santo André, Rodolfo Andreani Sobrinho, que também atua na Comissao Regional de Zoonoses do Grande ABC, disse que o município vai desenvolver, além da desratizaçao, um trabalho educativo juntro aos moradores. "Vamos alertar a populaçao para que recolham o lixo (onde há maior concentraçao de ratos) e evitem sujar margens de córregos e rios. Vamos informar também como reconhecer os sintomas da leptospirose", comentou.

Quanto à açao junto a córrego e rios, Sobrinho disse que esses sao os locais em que os ratos norvégicus (ratazanas) vivem, principalmente pelo acúmulo de lixo. É também essa espécie que está em contato direto com a bactéria leptospira - que necessita de água para sobreviver.

A bactéria fica alojada nos rins do rato, que nao fica doente. É no contato com a urina do animal que a doença é contraída pelo ser humano. O mais comum é aparecer casos de leptospirose na época das chuvas, quando a bactéria se mistura na água. As pessoas que têm contato com as águas de enchentes, por exemplo, sao as mais suscetíveis a contrair a doença.

A leptospira invade o organismo por meio das mucosas ou por lesoes na pele. No entanto, a bactéria também pode ser absorvida pela pele intacta.

A pessoa que contrai a leptospirose tem maior chance de sobrevivência quando tratada na primeira semana. "Por isso, quem teve contato com a água de enchente e está com febre ou apresenta os sintomas de uma gripe deve procurar um médico para dar início ao tratamento", disse o gerente de Controle de Zoonoses. Na segunda semana, a bactéria se aloja nos rins e a pessoa começa a ter hemorragias.

Seminário - Nos próximos dias 25 e 26 acontece o Encontro Regional de Leptospirose, que vai envolver profissionais da área de saúde.

No primeiro dia, serao abordados os temas que envolvem a doença, como descriçao, aspectos clínicos e epidemiológicos e diagnóstico precoce. No dia 26, os assuntos discutidos sao anti-ratizaçao (evitar a proliferaçao dos ratos), desratizaçao (eliminaçao), segurança ocupacional e o roedor como fator de risco biológico na transmissao de doenças ao homem.

As inscriçoes para o encontro poderao ser feitas em horário comercial na DIR-2, por meio do telefone 4994-5433, ramais 156 e 157. A Fundaçao Santo André (onde será realizado o encontro) fica na avenida Príncipe de Gales, 821.




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