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Mudanças na paisagem podem ter cunho político
Deh Oliveira
Do Diário do Grande ABC
16/03/2009 | 07:06
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Muito mais do que opção estética, motivações políticas seriam a principal razão para as mudanças paisagísticas em Santo André, na opinião de alguns paisagistas e ambientalistas. A ideia seria apagar uma imagem que ficou associada a gestões passadas e imprimir à cidade um traço personalista da atual administração.

Para Silvio Machado, professor titular de Paisagismo da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), essa é a principal explicação para a mudança. "Por que trocar, se já existe um espaço consolidado e assimilado pela população?", questiona.

Para ele, a descontinuidade do projeto iniciado em gestões anteriores gera perda de qualidade na paisagem urbana e também custos maiores para os cofres públicos. "Não me digam que não tem custo, porque tem sim", diz.

Na avaliação do ambientalista Virgílio Alcides de Farias, presidente da ONG (Organização Não-Governamental) MDV (Movimento Defesa da Vida), além do viés político na proposta da reforma paisagística, pecou-se ao não levar, antes de tudo, o projeto à discussão no Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Ele afirma ser contra a forma com que o projeto vem sendo conduzido pela atual administração. "Não é possível desconsiderar o que já existe. Há que se respeitar a questão ambiental e histórica da cidade", defende. 




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