Setecidades Titulo
Pais criticam reformulação de bandas em S.Bernardo
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
17/03/2009 | 07:45
Compartilhar notícia


Pais e maestros dos alunos das bandas Mirim e Jovem de São Bernardo estão preocupados com a diminuição de 60 para 27 na quantidade de integrantes de cada banda. Os dois maestros, Juan Martinez e Eduardo Stella, afirmaram que não foram informados oficialmente pela administração sobre a reformulação, e que só souberam depois que as mães procuraram a Prefeitura para saber da rematrícula.

Diante da situação, maestros e pais procuram um espaço para que os ensaios continuem. Martinez, maestro da Banda Jovem há quatro anos, acha um absurdo o tratamento que a Prefeitura tem dado às crianças. "Na minha concepção, eles querem trocar todo o grupo, senão teriam informado sobre o projeto", disse.

Martinez participou da reunião entre os pais e a Secretaria da Cultura na semana passada, para tomar ciência das mudanças. "Fui a pedido das mães, mas a reunião foi tensa e ficou claro que quem criou o projeto não conhece nada de música. Eles vão tirar instrumentos fundamentais que compõem uma banda, como tuba, trompa entre outros. Também acho que será inviável porque o espaço que usamos não comporta o número de pessoas que eles querem atender", disse. O novo projeto prevê triplicar as vagas, de 300 para 900, entre iniciação musical, teoria e formação musical.

O maestro criticou ainda a postura do secretário especial de Coordenação de Ações Voltadas à Comunidade e futuro gestor da Pasta de Cultura, Celso Frateschi. "Entre outras coisas, ele disse que a banda era ruim, sem mesmo conhecer nosso trabalho. A impressão que deu é que eles querem acabar com o projeto da gestão anterior para começar algo novo por uma simples questão política".

Eduardo Stella, maestro há três anos na Banda Mirim, disse que as aulas deveriam ter começado em fevereiro. "Como não iniciaram, também deixamos - eu e o Martinez - de receber o salário desde então", explicou.

O maestro também acha inviável e antipedagógico o novo processo de seleção. "Não podemos submeter crianças de 10, 12 anos a testes. Elas não têm preparo psicológico. E outra, elas estão com medo de deixar de fazer parte da banda. Muitas já estão doentes e deprimidas", explicou.

A Prefeitura foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;