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Diadema quer fabricar remédio fitoterápico
Nadine Genies
Da Redaçao
16/10/1999 | 17:14
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Três ervas colhidas nas hortas medicinais do Programa de Fitoterapia, criado em abril de 1997 pela Secretaria de Saúde de Diadema, estao sendo analisadas pelo Laboratório do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para serem transformadas em remédios fitoterápicos (à base de plantas). Sao elas: cânfora, capuchinha e manjericao.

Com a aprovaçao do órgao, os medicamentos fabricados serao enviados para as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e distribuídos gratuitamente à populaçao, por meio do Programa Farmácias Vivas.

O diretor de Atençao Ambulatorial das UBSs de Diadema, Marco Antonio Coli, diz que, com o aumento de produçao e apoio do instituto, o Programa de Fitoterapia caminha para a industrializaçao. "A idéia é produzir chás, xaropes e pomadas, que serao distribuídos nas próprias unidades de saúde."

Segundo Coli, já existem alguns médicos que manifestaram interesse em trabalhar com fitoterapia, e a secretaria poderá até criar um serviço de atendimento exclusivo para quem deseja realizar tratamentos somente com plantas.

A industrializaçao das ervas e plantas medicinais em Diadema teve seu início após a criaçao de 13 hortas nos fundos de algumas unidades de saúde. A medida foi adotada como alternativa para reaproveitar espaços abandonados.

Para divulgar os benefícios dos tratamentos fitoterápicos, foram realizados seminários para os profissionais da área de saúde, e foram promovidas palestras nas comunidades, por meio dos conselhos de saúde dos bairros.

As hortas começaram com plantaçoes de hortela, babosa, erva-doce e mil-folhas. Em áreas como o bairro Eldorado e Jardim Inamar, a comunidade atualmente ajuda no plantio, rega, colheita e, além de consumir as plantas, vendem verduras e ervas. "A fitoterapia mexe com a economia da família. Pode-se substituir, por exemplo, a Novalgina pela mil- folhas", informa Coli.

De acordo com informaçoes da secretaria, a OMS (Organizaçao Mundial de Saúde) incluiu a fitoterapia nos seus programas desde 1976. Em alguns países, a fitoterapia integrada à medicina tradicional faz parte do sistema oficial de saúde.




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