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Apenas 17 recebem cartão DaHora em Mauá
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
11/11/2010 | 07:24
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No primeiro dia de troca dos antigos modelos de cartões de vale transporte eletrônicos em Mauá, poucas pessoas conseguiram retirar o novo modelo, o DaHora. Segundo a Prefeitura, apenas 17 unidades foram distribuídos anteontem. A quantidade de ontem não foi divulgada. A administração informa que os cartões estão sendo entregues somente para passageiros que utilizam apenas as linhas do lote 2, que desde o último sábado estão sendo operadas pela Leblon.

O número de cartões disponibilizados é exíguo, se comparado ao total de passageiros do lote 2. Segundo a Leblon, de 70 mil a 80 mil pessoas são transportadas por dia nas linhas operadas. A empresa não soube informar quantas pessoas, deste total, pegam apenas as linhas do lote 2, sem fazer integração

A empresa responsável pelo novo sistema de cartões, a PK9, foi procurada pelo Diário para explicar o baixo número de bilhetes em circulação, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. A empresa foi contratada pela Prefeitura por R$ 500 mil para adaptar o sistema de bilhetes.

A equipe do Diário esteve ontem no Terminal Rodoviário de Mauá para acompanhar as trocas. Em aproximadamente uma hora, a reportagem não viu nenhum passageiro com o DaHora. Os antigos bilhetes eletrônicos continuam sendo trocados por vales em papel, o que gerou dúvidas entre os passageiros.

"Estou com medo de que eu não consiga usar esses passes nas linhas das duas empresas. Perguntei isso para a atendente, mas ela não soube me responder", afirma a vendedora Simone dos Santos, 39. A Prefeitura informa que os bilhetes em papel são aceitos nas duas transportadoras.

Além das dúvidas, passageiros demonstraram insatisfação por ter de trocar o cartão pelo papel. "Achei muito ruim, pode molhar, amassar, rasgar. Pensei que fosse trocar por outro cartão", lamenta a costureira Simone Machado, 30.

Há ainda casos de pessoas que não conseguiram sequer pegar os vales em papel. O porteiro Alexsandro Rodrigues, 33, revela que não recebeu os bilhetes por conta de um erro no sistema. "Me informaram que agora eu preciso de uma senha para liberar os créditos", diz Rodrigues, que não sabe como conseguir a senha.

Situação parecida é enfrentada pela auxiliar de limpeza Raquel Ferreira, 40. A passageira diz ter perdido o modelo antigo do cartão e não conseguiu recuperar as passagens.

"Meu cartão tinha 58 passagens. Quando isso era feito pela viação Cidade de Mauá (que opera o lote 1), eles davam um cartão provisório."

A auxiliar afirma que procurou a PK9 para buscar esclarecimentos, mas ressalta que não achou ninguém.

Ainda eram grandes as filas para quem pretende efetuar a troca. A reportagem do Diário verificou que, a cada 18 minutos, aproximadamente, uma leva de cinco pessoas tinha acesso à sala onde era feita a substituição. A estudante Fernanda Lopes da Silva, 22, desistiu de trocar por conta do excesso de gente. "Não tem como. A fila está imensa", protestou.




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