Os gradis da Avenida Prestes Maia, em Santo André, destruídos há uma semana durante manifestação dos moradores do núcleo Tamarutaca, ainda não foram repostos pela Prefeitura. Conforme a administração, já foram investidos R$ 200 mil com a substituição da proteção viária por 25 vezes.

A falta de segurança e o aumento no número de assaltos no local já foram tema de reportagens do Diário. A concentração de usuários de drogas na avenida é problema cada vez mais grave. A destruição dos gradis tornou-se rotina, uma vez que as lacunas nos equipamentos facilitam a fuga dos criminosos que atuam no local, conforme os pedestres que circulam pela área.

Para diminuir o número de incidentes, base móvel da GCM (Guarda Civil Municipal) foi posicionada próxima a uma das entradas da FSA (Fundação Santo André) há dois meses. Apesar dos esforços do poder público, o comerciante Reginaldo Machado, 33 anos, afirma que a única mudança foi o ponto no qual os crimes têm maior incidência. “Se antes (os assaltos) aconteciam no portão da faculdade, agora acontecem em frente ao IML (Instituto Médico-Legal), onde não tem policiamento nem grades.”

Por conta da criminalidade, Machado revela que já perdeu diversos clientes de sua lanchonete. “Muitos foram incomodados e até assaltados enquanto comiam. Se não houver medida urgente, creio que a tendência é o problema se agravar cada vez mais.”

A opinião do comerciante é compartilhada pela estudante Mariane Domingos, 19. Ela conta que evita andar a pé na avenida devido ao medo de assaltos. “Por aqui eu só trafego de carro. Está sem condições. Temos que ficar alertas o tempo inteiro porque houve assaltos até dentro da faculdade.”

Questionada, a Prefeitura de Santo André informou que estuda a melhor maneira de impedir que os gradis sofram esse tipo de ataque, reforçando as estruturas. Conforme a administração, todos os meses é realizado pelo menos um reparo nos gradis da Avenida Prestes Maia por conta de ações de vandalismo.

SÃO BERNARDO

Na Avenida Lions, em São Bernardo, sentido Diadema, parte do muro foi destruída após impacto e os escombros seguem no local, próximos à passagem dos veículos. A Prefeitura de São Bernardo informou que está ciente da situação e que já fez contato com a OAS, empresa gerenciadora e responsável pela obra, para providências.