Reserva hídrica estratégica para a Região Metropolitana de São Paulo e cartão postal de São Bernardo, a represa Billings, com 80 anos completados em março, está em fase de recuperação. O Plano Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Mananciais da Represa é o programa que prevê uma série de medidas, como remoção de favelas, redução da carga poluidora, tratamento de esgoto doméstico, utilização do solo, coleta e destinação de resíduos sólidos, aumento de áreas verdes e a difusão do trabalho de educação ambiental com a população.

A recuperação da Billings tem a parceria da Prefeitura com a Jica (Agência Japonesa de Cooperação Internacional) iniciada há dois anos. O programa busca recuperar o que foi agredido pelo crescimento desordenado da Região Metropolitana de São Paulo. O custo está estimado em US$ 250 milhões. Os recursos financeiros serão obtidos junto a agentes internacionais e a previsão é que em 2006 as obras sejam iniciadas.

Representantes da Prefeitura e técnicos japoneses dividiram o cronograma de trabalho em três fases, com duração de 16 meses: 1) Pesquisa básica (outubro de 2005) relativa à melhoria ambiental da Billings. 2) Plano Diretor (março de 2006) que prevê medidas para reduzir o volume de cargas poluentes. 3) Estudo de Viabilidade (outubro de 2006) para agilizar a execução do plano.

A represa é um lago artificial com 127 quilômetros quadrados. O lago foi construído pelo engenheiro americano Asa Withe Kenney Billings, em 1925, para gerar energia na Usina Henry Borden, em Cubatão. Cortada pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, a represa está localizada na região do Riacho Grande, divisa de São Bernardo com Cubatão, e espalha-se por Diadema e Santo André.

Ao longo dos anos sua beleza natural atraiu milhares de pessoas da região e de fora interessadas em qualidade de vida e lazer. A construção de sedes esportivas e realização de competições náuticas tornaram a Billings fonte de turismo e geração de renda.