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A poesia universal que emana do Grande ABC
Ademir Medici
13/07/2016 | 07:00
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“Veja só o que me aprontaram (Luzia Maninha e cúmplices) lá no Alpharrabio.”

Dalila Teles Veras (a poeta do Grande ABC), em mensagem à Memória.

A história já conta, a história manterá a informação: Dalila Teles Veras, portuguesinha da Ilha da Madeira, a mulher do piauiense Valdecírio, a amiga e parceira destes loucos que se empenham em fazer memória e cultura no subúrbio outrora intensamente industrial, a moça que criou o Alpharrabio, a poeta universal revelada pelo Grande ABC. E que há décadas faz prosa e poesia da melhor qualidade, literatura pura, sem deixar de abrir espaço aos veteranos e aos que começam. Acreditem – Dalila chega aos setentinhas.

Ocupação Setenta

Texto: está no Facebook da Dalila Teles Veras (*)

A vida em verso de Dalila Teles Veras. Era para ser outra coisa, mas foi esta. Era para ser em outro local, mas será neste. A intenção era a de entrar oficialmente na tal velhice do corpo, de forma silenciosa e reflexiva. Mas, como, aliás, sempre ocorreu nessa trajetória, nada é planejado nem enquadrado em metas, os 70 anos da poeta, graças a um grupo de gente cúmplice, generosa e dedicada, serão comemorados com algum estardalhaço.

Era para ser apenas uma lembrança, um brinde, mas acabou por virar uma grande festa, festa da poesia, dos e para os amigos, em comunhão poética durante este mês de julho.

Serão muitas as liturgias do espírito, todas concentradas na casinha da Rua Eduardo Monteiro, onde tem que ser, desde sempre, porque ali as energias emanam do pertencimento.

O conjunto de atividades no Alpharrabio já tem nome: Ocupação SETENTA – a vida em verso de Dalila Teles Veras e tem a seguinte programação:

Dia 15 (sexta-feira) – ‘Ocupação’ do muro externo da livraria, na técnica lambe-lambe. Um painel composto por reproduções de poemas e capas de cadernetas de anotações de Dalila Teles Veras, um projeto de Luzia Maninha, em colaboração com Zhô Bertholini.

20h – Intervenção cênica Da viagem à Lila, com o grupo Pontos de Fiandeiras (um mergulho na poesia de Dalila Teles Veras). Mergulho e busca. A palavra que sai do papel e inspira a forma cênica, ecoando fados e cantos. É intenção das atrizes fazer com que a encenação vá além dos fatos relatados, reverbere na memória e renove, com poesia, o olhar para o mundo, com as atrizes Roberta Marcolin Garcia, Camila Shunyata e Vivian Darini.

Dia 19 (terça-feira), 20h – A Memória no processo criativo. Conversa com o dramaturgo Luís Alberto de Abreu e a poeta Dalila Teles Veras. Em pauta: o papel da memória e o seu papel criativo.

Dia 23 (sábado), 11h – Lançamento do livro SETENTA anos, poemas, leitores, uma antologia de poemas escolhidos dentre os 15 títulos publicados ao longo de 34 anos de Dalila Teles Veras. A festa reunirá poetas/leitores/amigos para uma leitura dos poemas.

Por enquanto, fica aqui esta síntese. Com mais vagar, daremos pormenores de cada uma das atividades. Resta agradecer e festejar: Bem hajam! Luzia Maninha, Isabela Agrela, Rosa Rosana C. Chrispim, Tarso de Melo e Zhô Bertholini pelo trabalho criativo, colaborativo e ‘braçal’ desta ocupação. Bem haja Reynaldo Damazio, pelo generoso prefácio da Antologia. Bem hajam os 70 leitores que fizeram escolhas dos meus poemas e fizeram dessas escolhas a possibilidade de uma nova leitura da minha obra!

(*) No original, Dalila Teles Veras aparece em letras minúsculas. Ou pelas iniciais DTV. Errado. Dalila é sempre no maiúsculo. Alteramos.

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários neste dia 13 de julho: Água Fria (BA), Marizópolis (PB), Porto Nacional (TO), Rio Largo (AL), Santanópolis (BA) e Terra Boa (PR).

Fonte: IBGE

Água Fria, na Bahia, forma-se em região outrora habitada por índios tapuias. No século 16, jesuítas constroem a Igreja de São João Batista e é formado o Arraial Água Fria. Em 1727 a localidade é promovida a município, extinto em 1832. A recuperação da autonomia demora e só ocorre em 13-7-1962, quando o antigo São João Batista de Água Fria separa-se de Irará.

Só em 13 de julho de 1962

Veio haver felicidade

Restabelecendo o município

À categoria de cidade.

Fonte: Universidade do Estado da Bahia (Uneb)

Diário há 30 anos

Domingo, 13 de julho de 1986 – ano 29, edição 6184

Manchete – Volume de construções cresce 45% – o número corresponde aos pedidos de alvarás no primeiro semestre no Grande ABC em relação a 1985.

Mauá – Começa a funcionar o terminal rodoviário na Praça 22 de Novembro, no Centro, com oito linhas de ônibus.

Jogos Regionais – Em Mogi das Cruzes, pela Zona Sudeste, Santo André vence mais sete finais e é heptacampeã.

Meio Ambiente – Poluição continua, mas é bem menor em Cubatão.

Santos do Dia

- Santa Teresa de Jesus dos Andes (Chile, Santiago, 13-7-1900 – 12-4-1920). Papa João Paulo II a canonizou em 1993. A primeira chilena e a primeira carmelita latino-americana elevada à santa.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CssR

- Angelina de Marsciano

- Cunegundes

- Henrique I

- Eugênio

- Joel

Em 13 de julho de...

1916 – A costureira Luiza Dugnani, 32 anos, residente no Ipiranga, é atropelada e morta por um trem da São Paulo Railway entre as Estações de Santo André e São Caetano.

- A guerra. Do noticiário do Estadão: a batalha do Somme; os progressos da ofensiva franco-inglesa; 23 aldeias conquistadas, 20 mil alemães aprisionados.

1966 – Diadema em festa. Prefeito Lauro Michels desenvolve o Plano de Eletrificação Domiciliar. Casas de 17 bairros ganham luz elétrica.

1976 – Chuvas impedem conclusão das obras da nova Avenida Goiás, em São Caetano.

- Frio intenso. E o Grande ABC conta com apenas dois albergues noturnos, um em Santo André, outro em São Caetano.

- Duzentos beneficiários do Funrural, a maioria idosos, fazem fila às portas do posto de São Bernardo para retirar o carnê de pagamento. Longas e demoradas filas na subida da Rua Norberto de Oliveira. Drama social documentado pelo Diário. 




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