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Reforma de largo no Rudge Ramos coloca alunos em risco

Área não conta com sinalização sobre faixa de pedestres, o que amplia risco de acidentes

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
08/07/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


As obras de revitalização do largo da Praça São João Batista, no Rudge Ramos, em São Bernardo, causaram diversos transtornos e ampliaram a falta de segurança para estudantes da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Lauro Gomes, localizada no mesmo ponto. Pais das crianças, que têm idade entre 2 e 5 anos, temem a possibilidade de acidentes, como atropelamentos. Entre os motivos estão a falta de sinalização viária sobre a existência da escola e necessidade de diminuição da velocidade, além da ausência de faixa de pedestres no local.

Uma das principais reclamações dos pais é a remoção de bolsão de estacionamento no local, espaço que era utilizado para o embarque e desembarque dos alunos. “Participamos das reuniões do OP (Orçamento Participativo) e ficou acordado que poderíamos estacionar na Rua Piagentini, mas nunca tem vaga e já teve pai que foi multado por parar ali”, reclama a administradora Erica Chaves, 36 anos.

A praça corta a Avenida Senador Vergueiro, que registra fluxo intenso de veículos, e onde está localizado tradicional ponto de táxi há 45 anos. Mesmo sendo proibido estacionar no local, pais arriscam ser autuados. “Estamos de mãos atadas. Cheguei a ser multado. Só estou esperando a notificação. Sem falar que aqui a gente acaba arranjando briga com os taxistas, porque atrapalhamos a entrada e saída deles”, revela o balconista Rinesio Zamponio Júnior, 39.

Durante o período em que a equipe do Diário esteve no local – entre 12h30 e 13h30 de ontem – nenhum agente de trânsito foi avistado na região. Diversos pedestres foram flagrados correndo para atravessar a via por entre os carros, que trafegam em alta velocidade no local.

A corretora de imóveis Simone Miranda Peixoto, 41, ressalta que, em reunião realizada no dia 22 de junho, a Prefeitura se comprometeu a realizar intervenções solicitadas pelos pais, como a colocação de portão para separar o corredor de entrada dos estudantes do estacionamento das vans escolares. “Imagina se uma criança corre para o pátio e uma van está manobrando. Seria uma tragédia”, cogita.

Com investimentos da ordem de R$ 6 milhões, a obra deveria ter sido entregue em novembro de 2015. A nova promessa é que a intervenção fique pronta até o fim do mês, no entanto, o cenário não indica que os trabalhos estão prestes a terminar. Embora o calçamento já tenha sido trocado, há diversos pontos em que o piso se soltou. Na Rua Piagentini, por exemplo, há trecho em que buraco se abriu. Para evitar acidentes, moradores improvisaram pedaço de tapume como rampa.

“Os moradores se queixavam apenas do calçamento, não precisava de todas essas mudanças. Essa praça vai acabar virando camelódromo”, pontua o taxista Antônio Ailson, 45. O descontentamento do grupo é geral. “Vamos ter de mudar para o outro lado da rua, mas só vamos sair quando o abrigo estiver finalizado”, destaca o taxista Álvaro Mistieri, 52.

 




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