Esportes Titulo
Equilíbrio é a ordem para 2011
Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
26/03/2011 | 07:30
Compartilhar notícia


Mesmo sem se desvincular totalmente do estereótipo de modalidade cada vez menos emocionante em virtude da disparidade técnica e de investimentos, o equilíbrio novamente será palavra de ordem para o início da temporada 2011 da Fórmula 1.

O calendário de provas será aberto na madrugada de amanhã, no circuito de Melbourne, Austrália, a partir de 3h, e fechado dia 27 de novembro, em Interlagos. Atrações não faltam, desde o pacote de inovações técnológicas, até os novos pneus, agora fornecidos pela Pirelli.

Com cinco campeões mundiais na pista - Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Jenson Button, Lewis Hamilton e Michael Schumacher -, a expectativa é de disputas explosivas desde a primeira etapa. Quanto aos brasileiros (leia ao lado), Felipe Massa confia nos novos pneus para equilibrar a briga interna na Ferrari com Fernando Alonso e Rubens Barrichello seguirá no bloco intermediário.

As mesmas três equipes que disputaram o título de pilotos e construtores no ano passado teoricamente largam na frente pelos lugares mais altos do pódio: Red Bull, Ferrari e McLaren.

Por fora, ainda aparecem Mercedes e Renault. A primeira tem no cockpit ninguém menos que o maior campeão da história, (Michael Schumacher, com sete títulos). A segunda segue credenciada pela conquista de títulos de construtores no passado, e a terceira pelo talento dos pilotos Lewis Hamilton e Jenson Button.

 

ESPECÍFICOS

O regulamento foi reciclado. As peças ajustáveis dos carros poderão ser ativadas com objetivo de aumentar as ultrapassagens.

No entanto, o acionamento só poderá ser feito após notificação via controle eletrônico. O carro deverá também estar menos de um segundo atrás de outro e em lugares pré-determinados.

A proibição fica para os dutos aerodinâmicos de ar. Eles foram criados pela McLaren no ano passado e geraram muita polêmica e foram abolidos.

 

ELE, DE NOVO

O kers, destaque em 2009, está de volta. O dispositivo acumula energia a cada freada. Essa mesma carga pode ser utilizada pelo piloto para acrescentar alguns cavalos de potência ao motor. Algo comparável às injeções de óxido nitroso nos motores dos carros que aparecem na série de filmes Velozes e Furiosos.

A última inovação altera a classificação. É o retorno da regra dos 107%, abolida desde o Mundial de 2003. De acordo com a regra, o piloto que exceder o tempo do pole position nesta porcentagem está desclassificado do grid de largada.

 

SEGURANÇA

Neste quesito, as regras alteram o funcionamento do safety car e os pit stops em bandeira amarela. Quando o carro de segurança entrar na pista, o respeito à velocidade máxima será de duas voltas ao invés de uma.

A intenção é que a direção de prova tenha mais tempo para organizar os carros. Nessa situação, as luzes dos boxes permanecerão verdes e eles não serão fechados.

Na bandeira amarela, os carros só podem se dirigir aos boxes para solucionar problemas mecânicos ou parada de troca de pneus.

 

Massa e Rubinho mantêm a tradição brasileira

 

Sem revelações neste ano,  a responsabilidade de representar o País recai nos ombros de dois velhos conhecidos: Rubens Barrichello, da Williams, e Felipe Massa, da Ferrari. Experiência ambos têm de sobra. Barrichello é o recordista de largadas, com 302. O número de vitórias é que não acompanha. Venceu apenas 11 vezes e tem dois vices-campeonatos (2002 e 2004).

Para o ano de 2010, a aposentadoria do brasileiro foi cogitada, mas ele assinou com a escuderia britânica. Sem carro com grandes aspirações, fez o que pôde. E foi suficiente para renovação do contrato para este ano.

Massa tem a mesma quantidade de primeiros lugares, mas em 132 saídas. Desde 2010 vive duelo interno na equipe italiana com o espanhol Fernado Alonso, com quem chegou a discutir quando ambos estavam em times diferentes. O desempenho esteve sempre abaixo do rival/companheiro e o brasileiro viu o bicampeão assumir o lugar de primeiro piloto.

O País também estará representado por pilotos de testes: Bruno Senna, na Renault-Lotus, e Luiz Razia, na Team Lotus, da Malásia, Lucas Di Grassi, piloto da Virgin em 2010, ainda tenta vaga semelhante na Pirelli.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;