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Museu Castelo passa por obras

Prédio histórico da Vila de Paranapiacaba é
1º a receber manutenção com verba municipal

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
18/04/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Os visitantes da Vila de Paranapiacaba, em Santo André, vão precisar esperar até o fim do próximo mês para visitar uma das principais atrações do local, o Museu Castelo. O prédio, que fica no ponto mais alto da vila, foi construído em 1897 e atualmente passa por reforma estrutural.

A obra faz parte de pacote da Prefeitura que também visa reparos em outros espaços importantes da vila, como o Clube União Lyra Serrano, o CDARQ (Centro de Documentação em Arquitetura e Urbanismo de Paranapiacaba), o antigo Mercado, a Casa da Memória, o prédio da Secretaria de Gestão dos Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense e os centros de visitantes e de informação turística. Foram destinados R$ 590 mil, verba municipal.

Conforme o secretário de Gestão dos Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, o museu é o primeiro a receber intervenções. “Estão sendo trocadas telhas e venezianas, além da pintura, limpeza e troca de pontos mofados.”

Grande parte dos imóveis de Paranapiacaba está sendo restaurada por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Cidades Históricas, programa do governo federal que disponibilizou R$ 41 milhões para obras. “A ação dá conta quase que da totalidade da vila, mas, pensando no conjunto de outros tipos de intervenções nesses prédios de visitação que não foram contemplados pelo PAC, precisamos dos recursos municipais. Caso a nossa gestão continue ano que vem, vamos pleitear verba para isso através do governo federal ou iniciativa privada”, afirmou.

Segundo Di Giorgio, a previsão é que as obras terminem no fim de maio, data em que o museu deve ser reaberto ao público. Porém, pode ocorrer atraso, dependendo das condições climáticas. “Por causa da umidade e da neblina nos prédios de madeira, temos cuidado permanente. Algumas faces desses locais, que ficam em frente à Serra do Mar, deterioram bastante. Neste caso, a umidade começa com pequenos buracos, que vão se expandindo rapidamente, por isso, a gente precisa ter controle periódico”, disse.

Em 2015, passaram pelo Museu Castelo 21.910 visitantes e, neste ano, até o fechamento para a reforma, em janeiro, foram 1.737 pessoas.

 

PAC

Segundo Di Giorgio, algumas das obras do PAC devem começar a ser entregues no primeiro semestre deste ano. Já estão prontos um dos galpões que funcionava como oficina de manutenção dos trens, que vai abrigar pequeno museu, e o Bar da Zilda, que funcionará em espaço rústico onde ficava almoxarifado. Além disso, oito casas de alvenaria da Vila Martin Smith, do total de 242, também estão em fase de finalização.

 

Atração reabre sem dois quadros, que aguardam restauração


O Museu Castelo vai reabrir as portas sem duas das suas principais obras. Os quadros feitos em óleo sobre tela, que retratam o engenheiro Frederic Mens e a sua mulher, moradores do Castelinho, foram retirados pela Prefeitura em fevereiro no ano passado e aguardam restauro.

Os quadros estão no Museu de Santo André, no Centro, à espera de orçamento para sua restauração. Além dos quadros, duas cadeiras que pertencem ao mobiliário do museu também aguardam restauro. Ainda não há prazo para a volta dos objetos para o acervo original, em Paranapiacaba.

Em 2015, as obras que são datadas de 1903 e pintadas por Ernest Papf, saíram do seu local de origem por motivo de segurança. Duas placas de bronze de 1901 foram furtadas do museu e posteriormente encontradas em uma trilha na Estrada da Bela Vista. Elas homenageiam os ex-ministros da Aviação e Transporte Antônio Olintho e Alfredo Maio, respectivamente.

A administração informou, na época, que a vila conta com efetivos da GCM (Guarda Civil Municipal) e da PM (Polícia Militar) para a Segurança.




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