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Alunos da Unifesp fazem passeata
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
01/10/2008 | 07:10
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Edmilson Magalhaes/DGABC


Aproximadamente 250 estudantes do campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) caminharam ontem por duas horas pelas ruas da cidade de São Paulo até a reitoria da universidade, na Rua Botucatu. Eles reivindicam mais estrutura no prédio do Grande ABC.

Estudantes de todo o campus, que abriga 400 alunos em quatro cursos (Farmácia e Bioquímica, Engenharia Química, Química e Ciências Biológicas), estão em greve há oito dias. Na sexta-feira (3) eles farão uma assembléia para decidir se mantêm ou não a paralisação.

Nariz de palhaço e jalecos brancos foram usados pelos manifestantes que apitaram durante todo o percurso da passeata. A exceção ocorreu quando o grupo passou em frente ao Hospital São Paulo e permaneceu em silêncio em respeito à instituição.

Assim que chegaram na reitoria, por volta das 13h, os universitários foram recebidos pelo próprio reitor, Marcos Pacheco Ferraz.

"Entregamos a ele uma carta com todos os nossos problemas e uma cópia ao Ministro da Educação (Fernando Haddad). Ele nos disse que vai se reunir com o ministro em Brasília na quinta-feira e que poderíamos voltar a cobrá-lo", conta Caio Vinicius de Matos, 19 anos, estudante do 2º ano do curso de Farmácia e Bioquímica.

Coordenadora do Centro Acadêmico e aluna de Química, Juliana Pedro Fontana, 19, acredita que o movimento tenha sido válido por causa da grande adesão dos estudantes.

Entre as principais reivindicações estão a criação de novos laboratórios didáticos (atualmente existem dois) e de pesquisa, além de um restaurante. A Unifesp já iniciou as obras de construção dos laboratórios no próprio campus, mas foram embargadas pela Curadoria das Fundações Estaduais de São Paulo. Segundo a Unifesp, houve um entrave jurídico na forma como as obras eram gerenciadas pela FAP (Fundação de Apoio à Unifesp). No início do mês, conforme parecer da curadoria, a FAP não poderia tocar mais as construções.

A paralisação das obras teve início no dia 8. Está prevista a construção de 30 a 35 laboratórios de pesquisa. Segundo a Unifesp, a procuradoria da universidade irá se reunir na semana que vem com a curadoria para tentar resolver o impasse.

A universidade prometeu ainda solicitar à Prefeitura de Diadema três andares da Instituição Florestan Fernandes para atender os alunos a partir do ano que vem. Outra providência é tentar agilizar junto à administração a licença ambiental que emperra a construção do campus definitivo da Unifesp, no Sítio Morungaba, em Diadema, para desativar o atual imóvel no Jardim Eldorado.




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