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Grande ABC investiga três mortes suspeitas por H1N1

Vírus já vitimou fatalmente 55 pessoas no Estado, sendo três na região, duas em Santo André e uma em Mauá

Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
06/04/2016 | 07:07
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Celso Luiz/DGABC


Além das três mortes confirmadas em decorrência do vírus H1N1 desde o início do ano – duas em Santo André e uma em Mauá –, o Grande ABC tem outros três óbitos em investigação sob suspeita de as vítimas terem sido acometidas pela Influenza A (uma em Diadema, uma em Mauá e uma em Ribeirão Pires). A doença já vitimou 444 pessoas, 71 fatalmente em todo o País neste ano, sendo 372 infectados e 55 mortos no Estado de São Paulo, oito na Capital.

Levantamento divulgado ontem pelas prefeituras aponta a existência de dez casos confirmados de H1N1 (quatro em Mauá, três em Santo André e três em São Caetano) e 62 registros de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com potencial para ser gripe H1N1. Apenas São Bernardo e Rio Grande da Serra não forneceram informações sobre o problema, que voltou a assustar a população. Em 2015, somente Mauá contabilizou um caso da doença entre as sete cidades. Não houve óbitos naquele ano.

Uma das mortes em investigação para Influenza A é de uma mulher de 56 anos, que veio a óbito no dia 29 de março no Quarteirão da Saúde, em Diadema. Ana Lacerda Milan tinha diabetes mellitus – grupo de risco da gripe H1N1 – e deu entrada no equipamento no dia 16 de março devido a problemas causados pela enfermidade. A causa só poderá ser confirmada após comprovação por resultado dos exames colhidos da paciente, sem prazo.

A outra vítima – também mulher – morreu no domingo, após dar entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, em Ribeirão Pires, em estado grave. A paciente recebeu cuidados médicos emergenciais, inclusive ficou entubada, no entanto, não resistiu e veio a óbito.

Já Mauá não informou o histórico médico da vítima fatal sob suspeita de H1N1.

CONFIRMADOS – Os dois óbitos em decorrência da Influenza A confirmados em Santo André são de homens. O primeiro, de 64 anos, morreu no dia 8 de março em serviço de Saúde de outro município, era imunodeprimido e não tomou a vacina contra a gripe, apesar de ter indicação. Dois dias depois, foi registrada a segunda morte, de um paciente de 51 anos que era cardiopata e pneumopata. Não há informação se ele recebeu a dose da vacina. O óbito ocorreu em equipamento de Saúde da própria cidade. Em Mauá, a Prefeitura não informou a data nem detalhes sobre o paciente.

Os principais sintomas da Influenza A são infecção aguda das vias aéreas e febre – em geral mais acentuada em crianças que em adultos. Também podem surgir calafrios, mal-estar, dor de cabeça e de garganta, moleza e tosse seca, além de diarreia, vômito, fadiga e rouquidão.

A prevenção da doença é feita com regras básicas de higiene, como cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos com frequência. Também se deve evitar permanecer por muito tempo em ambientes fechados, sem ventilação e com aglomeração de pessoas.

A campanha de vacinação contra a gripe teve início na segunda-feira na Região Metropolitana de São Paulo – incluindo o Grande ABC –, com a primeira etapa priorizando os profissionais que atuam na área da Saúde, tanto de equipamentos públicos como privados.


Procon notifica hospitais por preço abusivo da vacina contra gripe

A Fundação Procon de São Paulo notificou hospitais e laboratórios a prestarem esclarecimentos sobre denúncias de aumento abusivo do preço da vacina contra a gripe. Segundo o órgão, caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. Não foram informados o número de hospitais notificados e se são da Capital ou de outras cidades do Estado.

O Procon investiga a informação de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço da vacina de R$ 120 para até R$ 215. No ano passado, segundo o órgão, o preço médio da imunização era R$ 45.

A Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) – que representa cerca de 500 hospitais privados do Estado – e o Sindhosp (Sindicato Patronal dos Estabelecimentos de Saúde de São Paulo), divulgaram ontem lista com os centros privados de imunização na Capital e cidades do Interior do Estado que estão aplicando a vacina contra a gripe H1N1.

A lista pode ser consultada nos sites www.sindhosp.org.br e www.fehoesp.org.br. 




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