Torneiras secas. Roupas sujas. Pias cheias de louças e banhos esporádicos. Os moradores da Vila Elisa, em Ribeirão Pires, estão sem água desde sexta-feira por causa de vazamento na tubulação que abastece o bairro.

Ontem pela manhã, quatro funcionários da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) trabalhavam na esquina das ruas Miguel Prisco e Pedro Mansueto Bechelli. Um caminhão pipa da companhia abastecia baldes e galões dos moradores.

De acordo com a Sabesp, dois dias de pesquisas foram necessários para identificar o local exato do vazamento.

companhia informou que o abastecimento na região estaria normalizado até a noite de ontem.

INCÔMODO
Na casa do eletricista Carlos Alberto Weisner, 55, atividades básicas do dia a dia, como cozinhar, tomar banho e lavar as roupas e louças tornaram-se "artigos de luxo" desde a suspensão no fornecimento. Ele contou que a água usada no banho das nove pessoas que moram na casa, sendo quatro crianças, é reaproveitada nos vasos sanitários. "Ficar sem água é pior do que falta de luz. Não podemos desperdiçar o pouco que pegamos com amigos e familiares", afirmou.

Na residência do aposentado Antônio Louro, 67, na Rua Giácomo Bressan, as refeições preparadas no fogão foram substituídas por lanches e comidas de restaurantes. "Estou comprando comida fora porque não dá para cozinhar sem água."

Depois de entregar dois galões de água, com 20 litros cada, na casa do aposentado, o entregador Cláudio Pacheco Araújo, 43, falou que por causa da procura pelo produto nos últimos dias, sua vida está agitada.

Com pressa, Araújo rapidamente se despediu do cliente e montou em sua moto para mais um serviço. "Preciso correr porque tem muita gente esperando", finalizou.