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Vandalismo nos trens diminui 11%
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
09/02/2003 | 19:39
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Os registros de atos de vandalismo dentro de trens e nas estações da CPTM diminuíram 11% de 2001 para o ano passado, segundo a empresa. Os números foram respectivamente 6.749 ocorrências (correspondentes a prejuízos de cerca de R$ 1,3 milhão) ante 7.586 casos no ano de 2001 (equivalentes a aproximadamente R$ 2,5 milhões). De acordo com o chefe de segurança da CPTM, César Dias, a linha com menos ocorrências é a D (Barra Funda/Rio Grande da Serra), que atende o Grande ABC, com a média de 30 notificações mensais – a maioria correspondente a pichações concentradas no pátio dos trens da estação de Mauá. O recorde na rede, entretanto, é de pedradas nos trens.

“Essa redução de casos se deve a uma ação mais intensiva que passamos a ter nas composições com seguranças à paisana e uniformizados. Só na linha D são 40 homens, além dos que ficam nas estações”, disse. Segundo Dias, é difícil controlar a ação de vândalos, que, na maioria, são jovens na faixa dos 15 anos aos 17 anos.

A empregada doméstica Maria das Neves da Conceição, 32 anos, usuária da linha D, considera que a situação hoje dos trens está melhor do que quando tomava as antigas composições. “O que mais prejudica os trens é essa molecada, que não tem o que fazer e joga as pedras.” Sua opinião é compartilhada pelo comerciário Arlindo de Almeida, 52. “A qualidade vai melhorando aos poucos. Antes, a gente também tinha de andar com a porta dos vagões abertas, com borrachas danificadas e pegadores soltos”, recordou.

Segundo a assessoria de imprensa da CPTM, as linhas A (Brás/Francisco Morato) e D (Barra Funda/Rio Grande da Serra) somaram 1.166 casos de vandalismo, o que gerou uma despesa de cerca de R$ 245 mil, no ano passado, e em 2001 houve 1.126 registros e a soma de cerca de R$ 1,3 milhão de despesas. “Somente 30% desses casos aconteceram na linha D”, afirmou Dias.

A linha mais problemática em todo o sistema, de acordo com o chefe de segurança da CPTM, é a B (Júlio Prestes/Itapevi). “No trecho, enfrentamos a presença de muitas favelas, em que ainda há apedrejamentos. Orientamos as pessoas, por meio do sistema de som nas estações, para que não pratiquem atos de vandalismo. Tentamos sensibilizar a comunidade do entorno.” Na linha D, o ponto problemático fica entre as estações Ipiranga e Tamanduateí, segundo ele.

Para preservar a manutenção dos trens espanhóis (composições mais novas, importadas da Espanha), que atendem a linha D, a empresa está substituindo os vidros estilhaçados por peças de policarbonato (um tipo de plástico) importadas, desde o ano passado. “Esse revestimento é resistente a impactos, ao contrário do vidro”, explicou Dais. De acordo com a assessoria de imprensa da CPTM, já foram substituídas as janelas de 41% dos trens, que circulam na linha D. A previsão é que todas as composições estejam remodeladas até o início de 2004.




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