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Mauá abandona obra de escola
Christiano Carvalho
Da Redaçao
29/10/2000 | 18:27
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O que era para ser uma escola municipal de educaçao infantil e ensino fundamental (antigo 1º grau) se resume hoje a uma base de concreto e alguns pilares. O cenário permanece o mesmo há quase sete anos, quando, em janeiro de 1994, foram paralisadas as obras da escola municipal do Jardim Lusitano, em Mauá, na esquina das ruas Angelim Milanesi e Sao Judas Tadeu.

A escola começou a ser construída em 1991, a um custo de R$ 1.292.146,92. Na época, a Prefeitura pagou 90% do valor total - o equivalente a R$ 1.180.132 - à construtora CGK, que faliu e deixou, conseqüentemente, de cumprir o contrato. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público para a apuraçao das responsabilidades.

A intençao da Prefeitura é entregar o terreno, com o que já foi construído, para o governo do Estado, que daria continuidade à obra, transformando-a em uma escola estadual. O secretário de Obras de Mauá, Oswaldo Misso, afirmou que a retomada das obras pelo município está fora de cogitaçao e apontou a tramitaçao do caso na Justiça e a falta de recursos como os principais motivos.

Mas enquanto o impasse nao é resolvido, a populaçao sofre com a falta de uma escola, principalmente em relaçao ao ensino fundamental (1ªa 8ªséries). Assim, os moradores do Jardim Lusitano e dos bairros vizinhos sao obrigados a percorrer distâncias que chegam a mais de 3 km até escolas estaduais situadas em outras áreas da cidade.

Excesso de contratos - De acordo com Osvaldo Misso, 22 contratos firmados por meio de licitaçoes feitas no final da gestao anterior, em 1996, foram cancelados pela Prefeitura no início da atual administraçao, em 1997. Os contratos se referiam à execuçao de várias obras, dentre elas cinco centros de convivência. Juntos, os projetos somavam investimentos de R$ 20 milhoes. "Esse valor é absurdo, considerando que nesses quatro anos de governo nós investimos R$ 15 milhoes em reformas de escolas", observou Misso.

Segundo avaliaçao do secretário, se os contratos nao fossem cancelados haveria um enorme déficit orçamentário na Prefeitura. "Seria inviável fazer todas aquelas obras", avaliou Misso, referindo-se às emendas feitas no orçamento aprovado para 1997, que somava o dobro da receita prevista para aquele ano.




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