Cultura & Lazer Titulo
30 anos de Pinacoteca
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
26/11/2010 | 07:33
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Passadas três décadas da inauguração da Pinacoteca de São Bernardo, há muito para celebrar. Abrigo de preciosidades da arte contemporânea, entre nomes locais e autores expoentes, a instituição oferece hoje agenda atrativa, com entrada gratuita.
Destaque fica para o encontro, a partir das 19h, de renomados críticos da arte, escolhidos porque possuem relações estreitas com a Pinacoteca. O mote da discussão será o significado do espaço.
Para Paula Caetano, o Brasil - País em formação cultural - necessita de trabalhos como o desenvolvido em São Bernardo. "O acervo é bastante diversificado, contempla da arte acadêmica à naïf", aponta a crítica que hoje comentará sobre as possibilidades de formação de acervos.
Outro importante nome da mesa, Jacob Klintowitz, acredita que a Pinacoteca é centro de debate e diálogo para a preservação e a continuidade da arte brasileira. "Sou testemunha da seriedade com que os salões são desenvolvidos e organizados", adianta o jornalista.
Para ele, a arte representa uma das manifestações mais importantes da natureza humana, sendo a tradução de sentimentos. "Quando não existe, temos uma sociedade desalmada", avalia Klintowitz que deve dialogar sobre as necessidades culturais existentes no Brasil e levantar algumas providências.
Importante colaborador na divulgação das atividades, enquanto crítico do Diário durante a década de 1980, Enock Sacramento se lembra de ter feito a cobertura da inauguração, há exatos 30 anos. "Eu assinava a página dominical Best Seller, destinada a artes visuais e literatura", conta. E lembra do evento: "Na abertura, havia pessoas importantes como Tomie Ohtake e Luiz Sacilotto. Rendeu toda a página".
EXPOSIÇÕES
Com abertura hoje, a mostra "Pinacoteca 30 Anos" narra a sua história por meio de fotografias, cartazes e outros documentos, sempre acompanhados de notas explicativas.
Um fato exposto é a projeção da Pinacoteca em outros espaços, em 1983. "Artistas como Orlando Mattos fizeram releituras de placas de trânsito, que foram espalhadas pelas ruas", aponta Júlio Mendonça que assina a curadoria com João Delijaicov Filho.
Prorrogada até 30 de dezembro, a mostra "Sem Título - A Arte que Não Podemos Nomear" também pode ser conferida. Focada na arte abstrata, cujas obras comumente não possuem nomes por não terem assuntos identificáveis, reúne 60 trabalhos de nomes como Amilcar de Castro.
Para Delijaicov Filho, curador desde a inauguração, a Pinacoteca é do povo. "Esse patrimônio deve servir e ser preservado", defende.




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